quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Cansado

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010 0
E se parar de viver?
Admitir o cansaço e ficar?
Deitar na cama e morrer?
Assistir o fim sem chorar?

Estou melancólico hoje...
Tinha uns sonhos guardados
Quem sabe eles não emboloraram?
E agora, verdes, nada dizem a mim...

Abri meu coração, e não estava como quero
Era a mesma massa, mas não o mesmo pulsar
Talvez culpa dos sonhos perdidos, eu espero
Que serei eu agora? Já que não quero mais sonhar?

Não sei mais onde é fantasia, onde é o que sinto
E descubro que não quero mais sonhar porque que não quero dormir
E sei com certeza que quando estou rindo eu minto
Já que não pode ser verdade ainda ter vontade de sorrir

Perdão se decepciono sua ilusão de felicidade,
Se não ligo de ver mais lágrimas a cair
Mas a verdade sempre soube que é maldade
E eu só sei falar verdades sem sorrir...

Sem dramas ok? Nem tudo é sobre você
Porque aqui, onde meus dedos mandam
Sou personagem principal e vilão...
E, as vezes, minha própria inspiração!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Bar das Putas

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010 1
Era lá mesmo... Naquele lugar estranho
O bar cheio de pessoas esquisitas nos fazia pensar:
"Aqui, meu amigo, estranhos somos nós!"

A música a gente não gostava...
E nos arrependíamos do gosto da pizza...
Mas a cerveja... Ah a cerveja, sempre ela nos fazia ficar!

E a bebíamos desbragadamente, 8 garrafas cada...
Podem confiar, ainda havia sede em nossos corpos
Ok, talvez mais em nossas mentes que em nossos corpos

Sorvíamos o liquido amarelado com vontade de nos perdemos em suas bolhas
Mas o que mais sorvíamos eram nossas palavras
Atiradas nas paredes engorduradas do lugar...

Deus sabe o quanto quis canetas e papéis
O quanto precisávamos dividir pra conquistar
Deus? Será que ele sabe que a gente pensa nele nesse lugar?

Quase tudo trazia nossos sorrisos ao rosto
E mesmo as merdas eram motivo pra gargalhar
Não vamos nunca vencer os problemas
Como já te disse irmão: "sem problemas será fácil demais!"

E lá tomaram forma enredos do que passamos
E dessas histórias vem tudo do que nos conhecemos
Sei de certos medos, sabes de certas taras
Sei de desejos, sabes de defeitos...

Tudo a luz suja daquele bar...
Onde putas ainda dançam sem perceber
Que seu tempo passou...
Que não tem mais nada a perder

Pode mesmo até ser isso meu irmão
Toda a decadência das putas a se oferecer
Aqueles senhores bêbados sem noção
Nos fazem nos olharmos e perceber:

Não seremos como eles!
Seremos o que quisermos ser!

E no final tinha a tentativa de não pagar
Um ao banheiro, o outro à porta da esquerda...
Cada um saia por um lado, em ruas escuras
Onde só gatos velhos, putas e nossos sorrisos pareciam estar...

Perdi-me um pouco nessas noites no Bar das Putas
Um nome que um de nós deu sem saber:
Que toda vez que falar dele tem que explicar
“Não é um puteiro, é só um boteco ruim de conhecer”

E ele está lá, numa esquina esquecida...
Com a calçada suja, enegrecida
Lá estaremos de novo, com novos pensamentos a incomodar
E com certeza pelo menos 2 garrafas de cerveja pra brindar!
 
prascucuias. Design by Pocket