quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Cinismo... Sincero

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009 0
Já pedi tudo que quero, e me parece pouco
Já perdi tudo que tinha, e me parece muito
E com o rosto entre mãos, mirando meus dedos
Tendo recuperar o vento que se foi, soprando e destruindo

Me viro pros lados, ninguém segura minha mão
Eu mesmo afasto as mãos que tentam me acalentar
Nem de nojo, nem de medo, só as afasto e digo não
Acho que ainda amo, mas não essa que me pega, nem aquela que me lembro

É, ainda amo, genericamente ainda amo, e a cada uma amo
E sem escrúpulos nem vergonha, a todas eu amo
E sei que, posso tocá-las e beijá-las, até posso tê-las
Mas devo dizer, com pesar e sem orgulho, nenhuma me tem...Nenhuma me terá...

Galinha?? Sacana?? Mentiroso?? Sou sincero em cada galânteio
Sou inteiro em cada caso, me atiro de bom grado e consigo o que quero
E depois descubro que não quero, ou que não quero mais...
Nem me enfado, nem me canso, só descubro que não era tudo que queria

Ou nunca quis... só queria acreditar que podia me entregar...
E não posso, nem quero e nem vou, não há donos para minhas vontades
E não há vontades para meus medos, e quem sabe não seja o medo a me levar
De solidão em solidão, com corações pelo chão no caminho que passar...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Um Pedaço de Passado... Os Bronha...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009 2
O Proximo texto é beeem antigo, é do Thiago, e eu estou colocando porque ele anda muuuuito ocupado, e como é a vez dele...

Ó Deus! e eu que já fui corrompido?
Me perdi nessas levas de maldade
entre propagandas e pura arte.

E diz Deus, quanto custa um erro?
E esse gosto do fracasso que vive na garganta
gélido, opaco e muito dissolvido
entre muitas garrafas de vinho
Hoje me parece invencivel.

Clamo ao meu eu perdido
por onde foste, não seja esquecido!

Querem respostas.
Exigem as peças que na noite de núpcias
Roubei.

E assim ladrão, com essa cara de mocinho
vos digo, não existem vilões ou heróis.

Mas existe o preço de um erro.
Com ele o desapego,
eles só querem as peças.
Que nem valiosas eram.

E eu peço que venham comigo.
Desvirtuar a realidade.
Trazer aos dias a verdadeira felicidade.

***

Perdi tudo até meu cachorrinho
Só quero que sejam meus amigos.
Quero forças pra jogar fora a vergonha dos meus erros.

E coragem, muita coragem.
para assumir meus devaneios

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Noites de Sexta

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009 1
Quantas luzes eu vi naquela noite?
Com os olhos presos na sua face
Eram longas as minhas sextas
Assim como é curta nossa felicidade

Acabavam as noites, as bebidas e o som
Começa o sábado, com o forte estrondo da manhã
Não tinha vergonha dos meus olhos embriagados
No meio dos olhos sonolentos do metrô

Não corria porque não conseguia
Cansado dos meus vícios da noitada
Mas só queria correr pra não pensar
Nas breves alegrias da balada

O ônibus me esperava, me esperava também meu colchão
Podia fingir arrependimento, com o cheiro de cigarro no olhar
Podia dizer: Nunca Mais... ao acordar com a boca seca
Mas isso seria mentira, conto os dias pra próxima sexta.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Os métodos

terça-feira, 13 de janeiro de 2009 1
Já disse sobre a temática,
agora é sobre os métodos.

Vou escrever sem pudor,
sem nem ligar se tem qualidade.

Como venho fazendo.
Entendido que isso é uma parte.

Corajosa.
Uma verdadeira parte de mim mesmo.

Então, foda-se.
se ficar bonito ou feio.

É como sou,
as vezes tem acerto
e outras tem erro.

Tem dias que sou um apaixonado,
outras um fervoroso indignado.

Tem vezes que se esquece o acento,
e noutra linha eu te deixo todos meus dedos,
num prato, pra você comer.

Assim errante, humano...
Fiquem todos satisfeitos.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Crise

domingo, 11 de janeiro de 2009 1
Sem cor, Sem sono
Com dor, Com fome
Sem flor, No abandono
Sem medo, só pavor

Sem carne, só mato
Com arma, me mato
Sem certeza, na merda
Sem eira, sem trégua

Sem crises já não sei mais, me apego nelas
Com descaramento descabido, urgindo e bradando
Ninguém me olha mais nos olhos, nem quero encará-los
Nem estou mais na escola, para poder ignorá-los

A vida, um segundo
A morte, meu mundo
Um grito, um surdo
O amor, um absurdo

A gente, nem sei
Há gente? não vejo
Sem pensar, não vivi
E sem olhar já desejo

Mendigando carinho, mas chorando sozinho
Malevolência de vilão, urgência por um "não"
Clemência fingida, nem morte nem vida
Soluços no escuro, silêncio profundo

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Spider

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009 2
Estafa.
Estafa de bebedeira mesmo.
a barriga pesando, a mente lenta.
A boca seca e ainda chamando nomes.

Idiotice, muita.
Mas tô chapado e hoje é assim.
como se fosse necessidade.
Sei lá, carência de bêbado.

Escrever.
Queimar.
Uma cama com novos lençois.

Esses são meus sonhos,
banhados de ácido
ou uma merda qualquer.

Bem vindos!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Uma Pagina em Branco

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009 2
Sem lamentos, ainda estamos sem lamentos...
Não sem sofrer, ou sem divagar sobre o que poderia ter sido
Só não temos, por enquanto, nada pra lamentar...

Podemos sim reclamar, xingar, arrepender-se e porque não, até chorar
Mas lamentar... isso já não podemos... o nosso tempo já esta passando
Agarramos pelo rabo esse rato maldito chamado tempo...
E ele nos sorri acanhado, ele quer escapar, fugir com o vento...

E é pra isso que escrevemos, não pra sermos reconhecidos
Nem pra que um dia sejamos admirados...
Escrevemos porque as palavras são eternas
E com elas ficamos eternos também...

Já diziam os egipicios, morremos sim
Mas enquanto falarem nossos nomes
Seremos eternos... mesmo que por instantes...
E pra isso escrevemos, pra segurar o rabo daquele rato maldito...

...

Começamos...
 
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