quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Pinga

quarta-feira, 26 de outubro de 2011 0
Queima, Quente
Mas, não é Aguardente,
Lembra, chora, brinca,
Roda, filosofa, caminha
Mas, ainda não é a Caninha.
Passa, vive, sonha,
Sofre, apaixona,
Mas, não é Cana.
Esquece, não vive, existe,
Não sonha, não se encontra,
Uma dose destilada,
Apaixonada e humilhada,
De Amor Cachaça!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

METAMORFOSE

quarta-feira, 17 de agosto de 2011 0
Que a minha existência seja sempre uma bela poesia,
Triste como um grande amor,
Alegre como o nascer.

Que o sofrer não seja a razão do meu viver,
Mas, que exista para compreender que do outro lado
há você!

Que a esperança seja sempre o meu remédio,
E a sua presença a cura da minha dor,
Que sua ausência não seja tão grande,
ao ponto do uísque se tornar meu consolador.

Que ainda nessa vida eu volte a ver seus olhos,
Sentir seu calor e seu amor.
Que nossa relação seja como a vida de uma borboleta,
Que nasce, "morre" e renasce.

Ao meu grande amor

domingo, 31 de julho de 2011

Sepulcro Domingo...

domingo, 31 de julho de 2011 0
Domingo é um dia pra se morrer.
Com suor de sábado profano,
com as imagens da sutileza de moças dançando.

O Sol manhoso aquece os velhos que lavam as garagens,
os olhos que lacrimejam e distorcem as cenas [que eu mesmo não quero ver]

Os cadarços soltos indicam o caminho,
a modarça não esconde a voz judiada pela cerveja.

Aos domingos eu encaro o sepultamento de meu corpo frágil,
mas já não reluto aos encantos de um sábado vadio [ou repetido]

Na volta!

E na volta da lua ou do olhar
No trânsito suicida da rua

Entre as lágrimas do céu. Perdido
Na chuva, na rua, no viver. Domado

Caído acabado pelo chão retorcido
Sou o fim, melhor dizendo, estou acabado

E recomeço a cada passo, sem vacilo
Esperando o amanhecer de uma segunda

Onde os sonhos escorrem pelas calçadas
E tudo, tenha certeza, será possível

Amanhã nem serei eu o perdido azarado
Amanhã, que me aguardem, nem serei eu!

Serei mais, novamente, serei indomável
Um novo homem todo dia, um novo dia a todo homem...

As futuras horas se retorceram como eu quiser
O dia está lá, vazio e é todo nosso, é todo meu!

sábado, 23 de julho de 2011

Uma casinha em Boi Véio...

sábado, 23 de julho de 2011 0
Poema em homenagem ao meu tio Poeta (assim com letra maiúscula mesmo) e minha tia Netinha, que mesmo anos e quilometos distantes me amam, e eu os amo, como se tivesse sido criado sobre seus olhos e cuidados. Obviamente que nunca nada escrito será um décimo do que é o sentido, mas não podia passar por Ouro Velho (Boi Véio como eles chamam) sem isso:

Um bar grudado numa esquina,
Bar não! Budega!
Um Poeta que canta a vida,
Poeta não! Cantador

Canta e conta história
que fascina, que te pega!
Um cabra que vive a vida
Com cuidado e com amor

Toda uma história e familia
A horas e quilometros distante de mim
Em ruas de terra e de casas sem jardim

Tio Tadeu e tia Netinha, numa casinha em Boi véio
Distantes dos olhos, mas perto pra quem sentiu
Que alguém tão distante do meu meio
É mais um que tenho orgulho de chamar de tio!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Noites de saudade

segunda-feira, 18 de julho de 2011 0
Amos as noites em que fico alto
Perdido entre goles de vinho
Onde meu parceiro é o asfalto
E ter medo é sofrer sozinho

Fumei, dancei, bebi, sorri. Enlouqueci!
Mas as melhores lembranças são com os olhos fechados
No dia em que viver foi o verbo que conjuguei
Os minutos nos seu braços foram os mais aproveitados...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Obrigada

quarta-feira, 13 de julho de 2011 0
O que sou eu comparado ao seu poder?
Do que serve minha inteligência sem sua sabedoria?
Até meu corpo foi criado para seu louvor.

Obrigada por me amar,
Por morrer em meu lugar,
Obrigada por me aceitar,
Obrigada por me criar e sua filha me tornar...

É na tua presença que eu sempre quero estar,
Minha alma deseja tua face encontrar.
Toma o teu lugar!

Eu não compreendo imenso amor e perdão,
mas é nos seus braços que vou descançar,
só o Senhor pode minha alma acalmar...

Defuntos & Pó barato

Ternos negros,
pasta no cabelo.
A moça quer o mármore,
passeios mórbidos e os olhares dos coveiros.

Eu roubo as flores, dos Antonios e Lourdes,
duas esquinas e esqueço os nomes.
A moça quer o céu negro e imagens de santos.

Mergulho na seda dos seus braços,
ela geme eu mordo.
Ela precisa desse cenário e eu só acho estranho.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Domingo...

segunda-feira, 4 de julho de 2011 0
Segurar o sorriso na mão
Perder de antemão o pudor
Se jogar sem ver pra que lado
Ser feliz para onde diabos for

domingo, 3 de julho de 2011

Inteligência do macaco narcisista.

domingo, 3 de julho de 2011 0
Estou bem perto de excomungar a inteligência. Manda la pra longe, já não me importo. Faz tempo que me cansa esses papos intelectualóides. Filmes, livros, política. Sempre me bate um sono e saio com a certeza que esses papos são instrumentos pra sempre aumentar os muros entre as pessoas. Superioridade aglutinada em escudos de sabedoria metida a besta. Vou pensar numa teoria boa o bastante pra ser um tolo por opção. A tal ignorância que é uma benção é mesmo bem melhor que essa esperta vontade de reluzir egos.

sábado, 2 de julho de 2011

Lança

sábado, 2 de julho de 2011 0
Não posso dizer mal,
Mas não posso elogiar,
O que aconteceu com a atenção,
aquela educação?

Tão lindos,
Fortes, maravilhosos,
Mas tão ignorantes e
Grossos!

Ainda bem que algo se salva,
meus amigos sem essa arma,
vocês não seriam nada.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Prazer, essa sou EU

sexta-feira, 1 de julho de 2011 0
Nenhuma letra combinada e rimada é capaz de transmitir a dor da minha alma,
Meus versos por mim não falam,
e a angústia não é anunciada.

Eu não quero rimar, não quero criar,
Não quero competir, não quero ser lida
nem compreendida, eu quero amar!

Não importa se é verso, poema,
narração, dissertação,
Eu não quero saber se esta bom,
se tocou seu coração.

Eu quero viver, quero ter prazer,
quero sorrir e o meu pão dividir,
Quero ser mãe, quero ser "Amélia"
E sua mulher eterna!
 
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