sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Sem Título (ou a falta que faz uma boa dose de esperteza)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010 2
Tomo um gole desse copo estranho,
que invade a gargante,
dilata as veias e me tira o sono.

Tomo uns desses xeque-mates do destino.
Com os olhos cruzados
e a boca ainda ardendo.

E nesse copo maldito,
tem todas as mãos que vieram ao meu
corpo.
De todas elas... as que se entregaram.

Das moças sem nome,
das divinas e puras e
até das putas com codinome.

Nelas perdi meus melhores minutos
Minhas mais sinceras gotas de suor
Meus pensamentos mais putos
Minhas idéias mais loucas

Nas saudades delas me perdi nas noites
Reclamando, como quem tem razão
Que de mim mal lembravam...

Sentado pelos bares, com o copo a mão
Tomo outro gole... e nem me lembro mais,
Se contei a tal história de todas elas...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Noites Vadias

segunda-feira, 22 de novembro de 2010 1
5 cervejas, 20 cervejas
Quantas cervejas pra me redimir
Se os conselhos já não posso ouvir
Quantas pernas ainda posso perder?

Quantas pernas quentes podem me abraçar
Em noites que o mundo me joga ao chão
E a face de todas elas é pouco pra me parar
Mesmo se ouço a voz de todas elas... minha resposta é não!

Eu gosto de todas elas, e amei todas elas
Mesmo que num segundo perdido
Ainda assim, confuso, fui delas
Enquanto seus suspiros foram meus

Nas perdidas noites entre amarulas e absintos
Onde fui seu em cada centimetro
Tirano de seus mais loucos gemidos
Cativo de todas suas vontades

Me assusta saber, que adorme em outros braços
Sentes outros gostos, morde outras carnes
Se perde entre sussuros, conhece outros abraços
Mas no laranja que esplode nas noites
Eu lembro dela! E no mesmo gesto, sei que pensa em mim

E nas suas mais loucas aventuras
Sou eu o homem de suas histórias
Por mais que finja loucura
É o meu nome calado que quase sai de sua boca

domingo, 21 de novembro de 2010

Velhos Ladrilhos Coloridos

domingo, 21 de novembro de 2010 0
Ladrilhos me lembram infância
ou tarde na praia.
Por vezes anos 20.
Quem sabe um amor corroído pelas traças

Ladrilhos molhados e coloridos
Me lembram os sorrisos que costumavamos dar
Quando as noites eram pra deitar
E os dias bem menos corridos

Ladrilhos coloridos e brilhando
Na calçada e no quintal
Me lembro dos mais velhos conversando
Reclamando dessa vida tão normal...

Ladrilhos coloridos
me lembram teus ângulos secretos.
Teu ventre ébrio
e tua pele molhada

Ladrilhos coloridos
é fanta de garrafa
joelhos ralados
e um riso em sua cara

As lembranças dos velhos ladrilhos coloridos
Que amanheciam e via as cores do tempo a passar
E sentia o vento levando os tais sorrisos
Ouvindo ao longe minha voz de criança a me chamar...
 
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