domingo, 12 de julho de 2009

domingo, 12 de julho de 2009 0
Não quero a violência do teu amor,
nem meus olhos inexpressivos.

Essa ânsia só mata o nosso bem querer.
a falta dos lençois levam as nossas memórias,
completas de um amor tremendo.

Então, cale a boca.
e me deixe assim distante.

Só quero preservar,
no meu melhor canto,
as vibrações das nossas melhores noites.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Espera Repentina

quinta-feira, 9 de julho de 2009 0
Num desses dias de muito tesão e muito preguiça
Vou querer escrever algo que fale o que sou
Como estou, e porque ainda estou aqui
E sei que não vou saber o que falar

Num dia desses de chuva fina e leniência grossa
Quero poder fazer o que faço melhor, e sorrir
Quero ser apenas mais um no muro, só por esse dia
E não pensar no caminho, nos passos que vou dar

Nesse dia, se ele vier, quero estar calmo, tranqüilo
Como se pudesse morrer, como se pudesse sorrir
Nesse dia eu vou te chamar de amigo, e mentir novamente
Quando chegar esse dia, acordarei sem alarme, e só lavarei o rosto

Quando ainda faltam 779 caracteres, percebo que quero mais
Aumento sem perceber o tamanho das linhas, enfiando mais palavras
Quando chegar o dia de findar esse trabalho, quero ser como você

E quando ele acabar, e eu ainda estiver de pé, quero lembrar desse dia
Vou ser só eu nesse dia, será só a minha história nesse dia, serei eu
Tatearei meu bolso, comerei minha bala de iogurte, e seguirei
Quando chegar esse dia, e ele passar, quero a normalidade dos dias

Só sou eu quando sou inteiro, só sei eu quando mergulho inteiro
E esse dia, que será passado, não sei quando vai chegar, nem se vai chegar
Nesse dia terei passado tudo que quero passar, e depois esfriarei de novo
Sou morno nessa vida de expectativa, sou louco nessa espera repentina...

O Caminho é o SER

Tenho um monte de guizos, tenho uma argola de ouro
Não tenho vergonha dos teus rebolados, não vejo mais dor
Não quero o mundo ao meu lado hoje, não quero ninguém a me olhar
Não serei uma boa companhia, justamente porque não quero ser

Vi novamente no muro: “O melhor caminho é o SER”
Letras que vão e vem no caminho do busão, letras do passado
E ainda não as tenho totalmente, ainda não posso deixar de ver
Que não tenho nada pra deixar, que não medo de morrer

Eu, que só queria um caminho, ou mesmo um atalho pra passar
Vejo-me solto no ar... um papel dançando ao vento, sem lugar pra parar

Fico cansado, fico puto, não faço piadas e nem tenho vontade de sorrir
Rabugento, me grita meu cérebro, enquanto dou outra resposta atravessada
Mas quer saber, se ficar velho é ruim pra mim com os cabelos a cair
Sou rabugento pra mostrar que minha velhice ainda pode te alcançar

sábado, 4 de julho de 2009

Até Explodir

sábado, 4 de julho de 2009 0
Andei, nesses dias de sono, limpando cadernos... Velhos cadernos sem valor.

E a cada ano que passa eles se amontoam mais, dispersos, como dispersos são os sentimentos em cada um deles.

E ainda tem os papéis que pego por ai, e escrevo qualquer coisa, e mesmo que as vezes eu passe a limpo, eu os mantenho guardados. Estranho né?
Daí eu sinto que tenho que mandar tudo fora, que nada que eu não possa fazer novamente eu devo dar atenção.

Mas não consigo, é uma parte de mim aqueles papéis velhos... acho até que uma parte do que fui e nem sou mais, me lembrando que somos sim imperfeitos, que precisamos sempre melhorar, e que escrevemos, pensamos, falamos e fazemos um monte de merda!

Tem horas que não acredito mais nas coisas que costumo acreditar... política, futebol, internet, amizade, amor, familia, vontade própria... tem horas que tudo isso parece apenas um monte de convenções sem valor que seguimos acreditando estarmos no caminho certo.

E quer saber? Acho que é isso mesmo, nem o livre-arbítrio, que nos jogou fora do Paraíso, é algo capaz de me aprazer o espírito... não, escrevendo isso, olhando pra tela, vendo as janelinhas do msn pipocarem... não acredito em nada disso... só acredito no tempo, que corre frouxo e dono de tudo sem pestanejar... já disse isso em algum caderno velho eu acho, mas o tempo é o último deus pagão, o relógio nos diz o que devemos fazer...

Nesse exato minuto, aqui e agora, ele me pede urgência no escrever, para não passar da hora do jantar...

Tenho me notado cada vez menos linear (esse texto é exemplo ótimo disso), ultrapasso assuntos sem terminar, não tenho paciência de separar parágrafos, e nem mesmo tento, nos meus cada vez mais raros poemas, ligar uma estrofe, ou verso sei lá, a outro... e as vezes parece que cada verso é de um poema diferente... ou estou perdendo estilo, ou estou sendo chutado por mim mesmo dessa “vide” de fazer poeminhas...

Vai saber né, também tenho me sabotado em tantas coisas, tantas que só na distância de alguns dias consigo perceber, mas só perceber, mudar é outra história...

Tô cansado já dessa tela, de sujar com minhas letras essa página em brando do word (até ele me diz o que fazer, questionando meus tempos verbais, e pintando de vermelho as palavras que não conhece)...

Gostaria muito de dormir hoje sabendo no que mando e no que não mando... mas agora percebo, que a última beleza que nos resta, que pode nos tirar da certeza do horário do ônibus, trem ou metrô, do rígido horário do almoço e do jantar, dos programas preferidos da TV, a única coisa que nos resta em volta desse monte de certeza, é a incerteza de não saber que horas que vamos explodir!

O futuro me reserva
Mas eu não me reservo
O Destino me aguarda
Mas eu não me resguardo

Pelas ruas de São Paulo
O que quero é me perder
Quem sabe bebidas e o som bem alto...
Fulga de quem não tem pra onde correr.

Eu quero mais eu quero inteiro
Sem mais pedaços de satisfação
Quem sabe me amassar pra virar pó...
E eu cheiro...Não quero mais me imaginar tão são
 
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