Eu não sei meu destino...
E nem tenho mais saco de olhar
O horóscopo ou as notícias...
Talvez meu destino seja vagar
Pra longe eu me ofereço
Com o tenis cansado nos pés
E nem pra trás eu quero olhar
Pra não arriscar nenhum revés
Cadê aquelas placas amarelas?
Malditas indicações com setas a apontar
Onde estão as marcas na estrada
Com as freadas de quem já quis parar
Sem medo de sujeira nas sarjetas
Na real procurando sujeiras e ratatuias
E como nunca vou saber pra onde vou
Vou só olhar pra cima... e vou prascucuias...