As vezes, muitas vezes a gente acorda.
Escova os dentes, bota umas roupas cheias de comfort.
Coleta os passes, acerta os relógios.
Morre em escritórios com ar-condicionado e café expresso.
Emite os bom dias e os boas tardes.
Esconde a face negra e olhos inchados da noite passada,
esconde os pensamentos sombrios,
de querer arrancar os braços do figura ao lado.
Por fim, ao cair a noite,
cai os dias,
os comuns de morte,
com o pensamento enganado,
achando que é alivio.
Eu só preciso de um jeito.
Ou pensar numa fórmula,
de fazer um molotov.
Ou um explosivo terrível.
Que queime nossos corpos,
que quebre nossos ossos.
Um que seja vermelho,
que deixe nossos dedos
buscando novas formas de nós mesmos.
Ou que nos estrondos,
acompanhe as palavras e os gemidos,
que seja um explosivo,
um coquetel poderoso.
Que arrebate a calmaria dos dias.
Que destrua as estruturas,
ou até a nós mesmos.
Só seja um raio que desperte
os desejos de um amor intenso.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Cara, gostei de tudo.
ResponderExcluirMas mano:
"Que arrebate a calmaria dos dias.
Que destrua as estruturas,
ou até a nós mesmos."
Até porque, na boa, é tudo nossa culpa...