Já pedi tudo que quero, e me parece pouco
Já perdi tudo que tinha, e me parece muito
E com o rosto entre mãos, mirando meus dedos
Tendo recuperar o vento que se foi, soprando e destruindo
Me viro pros lados, ninguém segura minha mão
Eu mesmo afasto as mãos que tentam me acalentar
Nem de nojo, nem de medo, só as afasto e digo não
Acho que ainda amo, mas não essa que me pega, nem aquela que me lembro
É, ainda amo, genericamente ainda amo, e a cada uma amo
E sem escrúpulos nem vergonha, a todas eu amo
E sei que, posso tocá-las e beijá-las, até posso tê-las
Mas devo dizer, com pesar e sem orgulho, nenhuma me tem...Nenhuma me terá...
Galinha?? Sacana?? Mentiroso?? Sou sincero em cada galânteio
Sou inteiro em cada caso, me atiro de bom grado e consigo o que quero
E depois descubro que não quero, ou que não quero mais...
Nem me enfado, nem me canso, só descubro que não era tudo que queria
Ou nunca quis... só queria acreditar que podia me entregar...
E não posso, nem quero e nem vou, não há donos para minhas vontades
E não há vontades para meus medos, e quem sabe não seja o medo a me levar
De solidão em solidão, com corações pelo chão no caminho que passar...
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
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