sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Coletivo Zero Quatro

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Dia em dia -- Noite em Noite
Via cada minuto solto
Estourar minha carne com um açoite

E era tão clara a dor
Via o céu borrar
Um desejo se abria em flor
Tinha medo de partir
Não tinha motivos pra ficar

Mas quem diga que venci os lençóis.
Faz tempo, Amor, que dexei de guerrear.
E fiquei até o fim,
só pra poder ver o final.

E entre minhas armas falhas,
meu corpo seco e arruinado,
entrelacei meus braços aos seus.
meu corpo quente ao teu.

E fiquei, derrotado pelo clima quente,
entregue nessa cama e quarto escuro.
Com a culpa corroendo.
Incomodado pelo silêncio.
[ eu devia ir pra casa ]

Não que eu tenha nojo do lençol manchado,
nem da sua maquiagem borrada,
mas sabe, Amor, eu não tenho motivos pra ficar.

Eu miro o olhar no teto e desisto.
Lá fora continua me assustando
e encarar nossas faces pecadoras
me espanta.

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