terça-feira, 7 de junho de 2011

Coletivo Um Nove - Condicionado

terça-feira, 7 de junho de 2011
Tem a liberdade de escrever
Tem a liberdade de pensar
Que só as amarras da mente
Fortes e potentes, podem nos limitar
Nós somos poços de vontades

O ar-condicionado/ser-humano condicionado
Enganando-se sobre as portas abertas,
sobre vento frio que vence as janelas.
Crente em ser senhor e livre das amuletas.

Erro de servo menor, doutrinado e inofensivo,
refém das suas ideias viciantes,
cumplice dos desvios da humanidade.

Mas eu vejo chegar o dia
Em que será absurdo não viver
Em que chacoalhar nos coletivos
Morrer em escritórios de ar-condicionado
Será passado e perdido...

Cegos do instinto que move nossos desejos,
Alucionados os espíritos que querem sangue quente.
verossímil está o câncer pungente,
que estimulará nossa sede de deixar legados.

Legados livres, libertinos e sedentos.
Sedentos de liberdade.

2 comentários:

  1. Somos poços de vontade. Incontentes, inconformados.

    Somos poços de inquietude que as rugas não podem conter.

    Tem uma música meio que diz: "Declaramos o fim desta era
    em que sempre sentimos
    as nossas vidas morrerem através das janelas"

    Acho que tem algo disso.

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