Puta que pariu! Terminou!
Complicado ter obrigação
Foi um tapa na cara
Pra mostrar que não sou bom!
Falei de tudo, aproveitei
Mas admito, sem vergonha
Falei quase sempre do que não sei!
Não sou poeta, não sou cronista
Sou só um bobo, exibicionista!
Não sou poeta, não sou ninguém!
Aliás, senão sou poeta, não sou ninguém!
E sendo assim posso dizer:
Poesia é o mundo todo
E ser poeta é só saber viver!
terça-feira, 31 de maio de 2011
Não refaça o verso
Ontem ela me disse que leu algo que mudou a sua vida. Para ser menos trágico mudou um dos seus hábitos. Ela leu uma coisa que invadiu uma área que talvez eu nunca alcance. Logo eu, tão egoísta.
Que quis ser tão dono de ti e de seus milimetros. Fui derrubado por algo que você leu e que mudou sua vida. Pensei nos meus rascunhos tão egoístas, que só servem pra mudar meus hábitos e arrancar de mim o tédio da rotina. Evidente que nunca tive a pretensão de mudar a vida de ninguém, nem mesmo seus pequenos hábitos. Mas dela, logo dela, eu dei pra mim essa obrigação.
Logo ontem, que me senti tão fracassado. Vi um texto meu, bem velho, desses egoístas, só meus que alguém botou a mão. Pior, mataram o verso. Mataram a graça, a irônia, tiraram dele a sacanagem. Como justificativa me disseram que as palavras eram rudes, desnecessárias. O preço foi a tristeza de um bife morno, apático. Um verso fraco.
Quis dizer amante, no sentido sexual mesmo. Amante de cúmplice, de segredo. Mas botaram lá um companheiro. Pensei nos filmes quando retratam comunistas. Não queria agradecer um camarada e nunca transei com um companheiro, nem companheira. Só transei com minhas amantes.
E essas histórias todas me disseram boa noite, um ai de respeito aos versos indecifráveis, ao mistério malidicente aglutinado neles. Eles assim, preservados, levam o poder súbito de mudar seus hábitos.
Por isso, não refaça o verso.
Que quis ser tão dono de ti e de seus milimetros. Fui derrubado por algo que você leu e que mudou sua vida. Pensei nos meus rascunhos tão egoístas, que só servem pra mudar meus hábitos e arrancar de mim o tédio da rotina. Evidente que nunca tive a pretensão de mudar a vida de ninguém, nem mesmo seus pequenos hábitos. Mas dela, logo dela, eu dei pra mim essa obrigação.
Logo ontem, que me senti tão fracassado. Vi um texto meu, bem velho, desses egoístas, só meus que alguém botou a mão. Pior, mataram o verso. Mataram a graça, a irônia, tiraram dele a sacanagem. Como justificativa me disseram que as palavras eram rudes, desnecessárias. O preço foi a tristeza de um bife morno, apático. Um verso fraco.
Quis dizer amante, no sentido sexual mesmo. Amante de cúmplice, de segredo. Mas botaram lá um companheiro. Pensei nos filmes quando retratam comunistas. Não queria agradecer um camarada e nunca transei com um companheiro, nem companheira. Só transei com minhas amantes.
E essas histórias todas me disseram boa noite, um ai de respeito aos versos indecifráveis, ao mistério malidicente aglutinado neles. Eles assim, preservados, levam o poder súbito de mudar seus hábitos.
Por isso, não refaça o verso.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Estive fora uns dias
segunda-feira, 30 de maio de 2011
1
As vezes eu sumo.
Do mapa, dos meus cantos.
As vezes eu desapareço.
Dai ela liga,
Diz que sente falta,
Pergunta por onde eu estive.
Indaga se foi os narcóticos.
Diz que é melhor eu me cuidar,
Mas eu só estive longe esses dias.
Dela, dos meus cantos.
De mim mesmo.
Do mapa, dos meus cantos.
As vezes eu desapareço.
Dai ela liga,
Diz que sente falta,
Pergunta por onde eu estive.
Indaga se foi os narcóticos.
Diz que é melhor eu me cuidar,
Mas eu só estive longe esses dias.
Dela, dos meus cantos.
De mim mesmo.
domingo, 29 de maio de 2011
Daffine!
domingo, 29 de maio de 2011
1
Acho que ela me entende...
mesmo fria máquina de correr
As minhas vontades e frustração
Seu motor parece até compreender
E passam as horas, os dias,
E nos corremos entre os carros
Não, nem garoa e nem frio me param
Pois estar sobre ela é como um abraço
E o asfalto, que é caminho e fim
Onde escrevemos nossa história
é a testemunha do meu amor a ti
E de um amor bobo a velocidade
Que se manifesta no vento
Que toca meu rosto atrás da viseira
E me faz dono do espaço e do tempo
Eu te amo minha Daffine pequena
Que me leva e me carrega sem reclamar
Eu te amo minha moto sem problema
De um jeito que só a uma moto posso amar!
mesmo fria máquina de correr
As minhas vontades e frustração
Seu motor parece até compreender
E passam as horas, os dias,
E nos corremos entre os carros
Não, nem garoa e nem frio me param
Pois estar sobre ela é como um abraço
E o asfalto, que é caminho e fim
Onde escrevemos nossa história
é a testemunha do meu amor a ti
E de um amor bobo a velocidade
Que se manifesta no vento
Que toca meu rosto atrás da viseira
E me faz dono do espaço e do tempo
Eu te amo minha Daffine pequena
Que me leva e me carrega sem reclamar
Eu te amo minha moto sem problema
De um jeito que só a uma moto posso amar!
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Ver-te no mar...
sexta-feira, 27 de maio de 2011
0
Verde é o mar
Ao ver-te no mar
Como um musgo perdido
Uma história conhecida
Esperar, conhecer
Me afogar, morrer!
Me jogar, sem ver
Fui até o fim, avancei
Nas rochas molhadas
Entre as ondas que batem
Onde areia e água
é o mundo que vejo
Perfeita sua fala
Que me deu adeus
No mar, espatifada
Meu amor se perdeu
Olho, me olha o mar
Molho, me molha o mar
Gosto, salgado, marcado
Morro, sorrindo, acabado!
Numa onda que quebra
Nas areias e me leva
Ao fundo do mar
Perdido em mim...
Ao ver-te no mar
Como um musgo perdido
Uma história conhecida
Esperar, conhecer
Me afogar, morrer!
Me jogar, sem ver
Fui até o fim, avancei
Nas rochas molhadas
Entre as ondas que batem
Onde areia e água
é o mundo que vejo
Perfeita sua fala
Que me deu adeus
No mar, espatifada
Meu amor se perdeu
Olho, me olha o mar
Molho, me molha o mar
Gosto, salgado, marcado
Morro, sorrindo, acabado!
Numa onda que quebra
Nas areias e me leva
Ao fundo do mar
Perdido em mim...
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Ainda sou eu!
quinta-feira, 26 de maio de 2011
0
Um dia, dois dias, três dias
O tempo passa preguiçoso sem parar
A vida sem graça, vadia
Pode ser melhor pra quem amar
As horas, que passam longas
Fazem a vida curta
E o sonho que era pra longe
Está escapando entre os dedos!
Eu já tive tanto tempo
Jogava as horas pelo chão
Eu já fui dono de tudo que sentia
Era o mais foda, o espertalhão!
Hoje sim, entendo que sou bobo
E isso é que me faz realmente esperto
Pois sou dono de mim, não quero socorro
Procuro o amor e as felicidades mais perto
E lá no fundo dos olhos,
Onde nem chega o olhar
Está o brilho antigo
E esse brilho me faz lembrar
Ainda sou o mesmo moleque
Fazendo merda e gargalhando sem parar!
O tempo passa preguiçoso sem parar
A vida sem graça, vadia
Pode ser melhor pra quem amar
As horas, que passam longas
Fazem a vida curta
E o sonho que era pra longe
Está escapando entre os dedos!
Eu já tive tanto tempo
Jogava as horas pelo chão
Eu já fui dono de tudo que sentia
Era o mais foda, o espertalhão!
Hoje sim, entendo que sou bobo
E isso é que me faz realmente esperto
Pois sou dono de mim, não quero socorro
Procuro o amor e as felicidades mais perto
E lá no fundo dos olhos,
Onde nem chega o olhar
Está o brilho antigo
E esse brilho me faz lembrar
Ainda sou o mesmo moleque
Fazendo merda e gargalhando sem parar!
Voa meu olhar...
Voa meu olhar
É como o vento
Para em você a admirar
Em ti passeia lento
Invejo o vento
que me exaspera
Que te toca sem ter mão
Invejo o vento
Pois não toco nela
E tenho medo de sonhar em vão
Espero o tempo
Que me reveja
Não me apaixonar era ilusão!
É como o vento
Para em você a admirar
Em ti passeia lento
Invejo o vento
que me exaspera
Que te toca sem ter mão
Invejo o vento
Pois não toco nela
E tenho medo de sonhar em vão
Espero o tempo
Que me reveja
Não me apaixonar era ilusão!
terça-feira, 24 de maio de 2011
Eu sou Cafona!
terça-feira, 24 de maio de 2011
0
Ser feliz é um fardo!
Melhor dizendo: Tentar ser feliz é um fardo!
Tem essa idéia boba, estranha, de que devemos procurar a felicidade acima de tudo, que é ela que interessa e blablabla...
Seria bom saber o que é essa felicidade que a gente procura, lotando as ruas de carros, os ônibus e trens de pessoas, os shoppings de gente, as faculdades e escolas de alunos, lotamos os bares de bêbados, as ruas escuras de putas e travestis, os consultórios psiquiátricos de desequilibrados, as bocas de consumidores, as ruas da cracolandia de viciados...
Todos atrás da felicidade. E se eu te perguntar agora, você vai me enrolar com um monte de palavras vazias e clichês e não vai me dizer o que é felicidade.
Tem gente que fala que felicidade é qualidade de vida, o que é qualidade de vida? Pra mim qualidade de vida pode ser ter boa saúde bucal! E pra isso você precisa escovar bem os dentes e ir regularmente ao dentista, se levarmos isso adiante poderemos dizer que felicidade é uma boa escova de dente e um dentista sempre disponível.
Já ouvi dizerem que felicidade é satisfação pessoal, fazer o que gosta, pois bem, eu gosto de jogar vídeo game, e nunca alcancei o nirvana ao fechar o Metal Gear ou o GTA San Andres! Se fosse assim era comprar o PS3 e esperar a morte chegar com um sorriso no rosto!
Tem gente que vê a felicidade nas pequenas coisas... bom, embora seja forçoso não fazer a piada fácil de casar-se com um anão ou anã, isso também não faz sentido! Que são as pequenas coisas? Um bom dia? Seu carro funcionar de manhã e não furar o pneu? Flertar com alguém no transito ou no coletivo? Sentir sede e achar um tio vendendo coca-cola a 2 reais geladinha? Ah porra com isso! A felicidade tem que ser algo mais que satisfazer-se, senão eu tenho que lhe perguntar por que você não é feliz!
E não me venha com confusões de felicidade com alegria, sabes que são diferentes! Eu fico alegre quando algum dos meus times (torço pra 5!) faz um gol! Isso é ficar alegre, felicidade tem que durar mais que o primeiro tempo! E nem dizer que felicidade é inalcançável, não vou aceitar, hoje eu quero respostas!
Ah, sem esse de valor intangível, de conceito particular, todo mundo sabe o que é uma pessoa feliz quando se depara com uma, e tá o sorriso no rosto e no mesmo rosto está estampado o amor... é isso mesmo! AMOR!
Admito, este velho coração aqui ainda não se cansou, ainda acredito que a felicidade está no amor (e num sexo bem feito)!
E as pessoas que correm? Ora, todos corremos, o amor não vem fácil, o dinheiro não vem fácil, nada vem fácil, e ai, pois é ai, parece até fazer algum sentido essa caótica correria, esse lotar lugares, acotovelar-se pelos balcões, se a procura de todos for pelo amor, (e como queria que fosse mesmo verdade isso).
Mas o lindo e o errado disso tudo é que, de verdade, não faz sentido algum!
Melhor dizendo: Tentar ser feliz é um fardo!
Tem essa idéia boba, estranha, de que devemos procurar a felicidade acima de tudo, que é ela que interessa e blablabla...
Seria bom saber o que é essa felicidade que a gente procura, lotando as ruas de carros, os ônibus e trens de pessoas, os shoppings de gente, as faculdades e escolas de alunos, lotamos os bares de bêbados, as ruas escuras de putas e travestis, os consultórios psiquiátricos de desequilibrados, as bocas de consumidores, as ruas da cracolandia de viciados...
Todos atrás da felicidade. E se eu te perguntar agora, você vai me enrolar com um monte de palavras vazias e clichês e não vai me dizer o que é felicidade.
Tem gente que fala que felicidade é qualidade de vida, o que é qualidade de vida? Pra mim qualidade de vida pode ser ter boa saúde bucal! E pra isso você precisa escovar bem os dentes e ir regularmente ao dentista, se levarmos isso adiante poderemos dizer que felicidade é uma boa escova de dente e um dentista sempre disponível.
Já ouvi dizerem que felicidade é satisfação pessoal, fazer o que gosta, pois bem, eu gosto de jogar vídeo game, e nunca alcancei o nirvana ao fechar o Metal Gear ou o GTA San Andres! Se fosse assim era comprar o PS3 e esperar a morte chegar com um sorriso no rosto!
Tem gente que vê a felicidade nas pequenas coisas... bom, embora seja forçoso não fazer a piada fácil de casar-se com um anão ou anã, isso também não faz sentido! Que são as pequenas coisas? Um bom dia? Seu carro funcionar de manhã e não furar o pneu? Flertar com alguém no transito ou no coletivo? Sentir sede e achar um tio vendendo coca-cola a 2 reais geladinha? Ah porra com isso! A felicidade tem que ser algo mais que satisfazer-se, senão eu tenho que lhe perguntar por que você não é feliz!
E não me venha com confusões de felicidade com alegria, sabes que são diferentes! Eu fico alegre quando algum dos meus times (torço pra 5!) faz um gol! Isso é ficar alegre, felicidade tem que durar mais que o primeiro tempo! E nem dizer que felicidade é inalcançável, não vou aceitar, hoje eu quero respostas!
Ah, sem esse de valor intangível, de conceito particular, todo mundo sabe o que é uma pessoa feliz quando se depara com uma, e tá o sorriso no rosto e no mesmo rosto está estampado o amor... é isso mesmo! AMOR!
Admito, este velho coração aqui ainda não se cansou, ainda acredito que a felicidade está no amor (e num sexo bem feito)!
E as pessoas que correm? Ora, todos corremos, o amor não vem fácil, o dinheiro não vem fácil, nada vem fácil, e ai, pois é ai, parece até fazer algum sentido essa caótica correria, esse lotar lugares, acotovelar-se pelos balcões, se a procura de todos for pelo amor, (e como queria que fosse mesmo verdade isso).
Mas o lindo e o errado disso tudo é que, de verdade, não faz sentido algum!
Velho demais para ser eclético
25-30.
Estou condicionado a ouvir as mesmas músicas.
Estou treinado em aceitar os kilometros que me dividem:
do trabalho.
do mercado.
das compras de natal.
Quando se dá conta está estático.
Vendo os telejornais,
curtindo as notícias trágicas [de algum lugar bem próximo]
Passo os dias em prol de uma causa nobre. [me salvar]
e raras vezes me dou conta do vício,
da mentira sedativa que isso se tornou.
Escovei os dentes no tanque,
sem ver minha cara.
E só assim, lembrei do meio mundo inerte, [inválido.]
Pensei no meio mundo,
que se limpa toda noite,
na esperança de afugentar do corpo
seu meio milhão de pecados.
E só assim, sem ver minha cara
me dei conta que fundiram minhas ideias.
Que inválido, viajo os kilometros,
aceitando as contas,
as divídas, as notícias trágicas.
Eu navego junto
a esse meio mundo e me limpo todas as noites,
na esperança...
Estou condicionado a ouvir as mesmas músicas.
Estou treinado em aceitar os kilometros que me dividem:
do trabalho.
do mercado.
das compras de natal.
Quando se dá conta está estático.
Vendo os telejornais,
curtindo as notícias trágicas [de algum lugar bem próximo]
Passo os dias em prol de uma causa nobre. [me salvar]
e raras vezes me dou conta do vício,
da mentira sedativa que isso se tornou.
Escovei os dentes no tanque,
sem ver minha cara.
E só assim, lembrei do meio mundo inerte, [inválido.]
Pensei no meio mundo,
que se limpa toda noite,
na esperança de afugentar do corpo
seu meio milhão de pecados.
E só assim, sem ver minha cara
me dei conta que fundiram minhas ideias.
Que inválido, viajo os kilometros,
aceitando as contas,
as divídas, as notícias trágicas.
Eu navego junto
a esse meio mundo e me limpo todas as noites,
na esperança...
Deveria parar de me entupir de café durante o dia...
É madruga já, madrugada alta, como dizem os antigos, o sono (maldito seja!) me abandonou novamente.
O melhor travesseiro, a cama mais confortável, um disco do Coldplay (estou até apelando) e nada o sono não chega. Meu corpo cansado pede descanso, mas os olhos ficam abertos, a cabeça trabalha, incessante, frenética, caótica. Odeio ter insônia.
O frio não ajuda muito, sinto vontade de me mexer pra espantar essa inhaca de frio, levanto, vou até a cozinha, tomo outro copo de leite (já foram 3) e nada, volto pra cama com a mesma disposição.
Devem ser esses pensamentos ditosos que tenho durante o dia, de milhares de coisas que tenho que fazer, que quero fazer, e o dia não deixa.
Pode ser também essa coisa da castração que o dia dia enfadonho deixa na gente, tudo parece meio repetição, e por isso sentir tesão (pela vida eu digo, não por sexo) é tão estranho quanto um sorriso do Serra.
A insônia é um tipo de sono sem sonho, sem descanso eu acho. Me sinto moralmente cansado, fisicamente cansado e fazer qualquer coisa é impossível. O corpo, cansado, para, os olhos ardem e fica só o cérebro me fudendo o sono, me lembrando dessas coisas idiotas que o sono devia fazer esquecer...
A insônia é um desses parceiros de jogar alguma coisa que sempre ganha de você sabe? Que você continua jogando contra na vã esperança de vencer, mas não tem chances.
Todos os dias eu luto contra a insônia, tem dias que ela, por vencer-me tão facilmente, não vem jogar, mas nos dias que ela vem eu tento de tudo e percebo a derrota só quando a claridade amarelada do dia entra pelas frestas da janela.
Também é meio culpa minha eu acho, tomo coca-cola, bebo muito café, ai a insônia vem e eu não consigo vencer...
As vezes eu penso que deveria parar de me entupir de café durante o dia, mas já me tirei tanto vício, não fumo mais (só as vezes), não bebo mais com a mesma freqüência (quase diária) de antes, não me permito mais as fungadas e outros fumos, não vou abandonar o único vício que me restou, não posso deixá-lo.
Portanto se a culpa da insônia, essa maldita, é do café... bom melhor eu começar a me acostumar, porque suportar o dia sem nenhum vício vai ficar impossível.
O melhor travesseiro, a cama mais confortável, um disco do Coldplay (estou até apelando) e nada o sono não chega. Meu corpo cansado pede descanso, mas os olhos ficam abertos, a cabeça trabalha, incessante, frenética, caótica. Odeio ter insônia.
O frio não ajuda muito, sinto vontade de me mexer pra espantar essa inhaca de frio, levanto, vou até a cozinha, tomo outro copo de leite (já foram 3) e nada, volto pra cama com a mesma disposição.
Devem ser esses pensamentos ditosos que tenho durante o dia, de milhares de coisas que tenho que fazer, que quero fazer, e o dia não deixa.
Pode ser também essa coisa da castração que o dia dia enfadonho deixa na gente, tudo parece meio repetição, e por isso sentir tesão (pela vida eu digo, não por sexo) é tão estranho quanto um sorriso do Serra.
A insônia é um tipo de sono sem sonho, sem descanso eu acho. Me sinto moralmente cansado, fisicamente cansado e fazer qualquer coisa é impossível. O corpo, cansado, para, os olhos ardem e fica só o cérebro me fudendo o sono, me lembrando dessas coisas idiotas que o sono devia fazer esquecer...
A insônia é um desses parceiros de jogar alguma coisa que sempre ganha de você sabe? Que você continua jogando contra na vã esperança de vencer, mas não tem chances.
Todos os dias eu luto contra a insônia, tem dias que ela, por vencer-me tão facilmente, não vem jogar, mas nos dias que ela vem eu tento de tudo e percebo a derrota só quando a claridade amarelada do dia entra pelas frestas da janela.
Também é meio culpa minha eu acho, tomo coca-cola, bebo muito café, ai a insônia vem e eu não consigo vencer...
As vezes eu penso que deveria parar de me entupir de café durante o dia, mas já me tirei tanto vício, não fumo mais (só as vezes), não bebo mais com a mesma freqüência (quase diária) de antes, não me permito mais as fungadas e outros fumos, não vou abandonar o único vício que me restou, não posso deixá-lo.
Portanto se a culpa da insônia, essa maldita, é do café... bom melhor eu começar a me acostumar, porque suportar o dia sem nenhum vício vai ficar impossível.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Em resposta ao Poeta: Dona Inspiração
segunda-feira, 23 de maio de 2011
1
Essa Dona de saia justa,
me encara todos os dias,
me fascina seu andar e suas pernas.
Me encanta sua ciência inexata,
seus olhares desafiadores,
a imensidão de sua pele.
Dona, me seduz seus segredos,
me incomoda seu cálice.
Os sábios e estudados lhe dedicam vidas.
E eu só vivo cada dia na esperança de suas migalhas.
Me reviro, bebo do meu suor.
E sigo Dona, na esperança de um segundo perdido,
de um ato sísmico que trema meus ossos,
de um beijo de gratidão.
Dona, sei do meu vício,
que cego repito e repito.
Que sem dar conta eu me livro,
numa fração de segundo fugaz,
de seus domínios e me entrego no prazer pleno.
De gozar de uma cria,
minha, não mais sua.
O copo transborda e eu regozijo.
Não sei o nome disso,
mas Dona, não pode ser Inspiração.
me encara todos os dias,
me fascina seu andar e suas pernas.
Me encanta sua ciência inexata,
seus olhares desafiadores,
a imensidão de sua pele.
Dona, me seduz seus segredos,
me incomoda seu cálice.
Os sábios e estudados lhe dedicam vidas.
E eu só vivo cada dia na esperança de suas migalhas.
Me reviro, bebo do meu suor.
E sigo Dona, na esperança de um segundo perdido,
de um ato sísmico que trema meus ossos,
de um beijo de gratidão.
Dona, sei do meu vício,
que cego repito e repito.
Que sem dar conta eu me livro,
numa fração de segundo fugaz,
de seus domínios e me entrego no prazer pleno.
De gozar de uma cria,
minha, não mais sua.
O copo transborda e eu regozijo.
Não sei o nome disso,
mas Dona, não pode ser Inspiração.
No descanso de Morfeu
Secura.
Dentes de vampiros limpos.
Insônia.
Dêmonios sem pernas me observam.
Mentiras.
Afogado nelas, espero.
Doença.
Essas palavras cruas que me dá de troco.
Marasmo.
Flutuo nesses cabelos de Medusa adestrada.
Anestésicos.
Moribundo me arrasto sem brilho nos olhos.
Surdo.
Navego sob a Égide da minha loucura.
Dentes de vampiros limpos.
Insônia.
Dêmonios sem pernas me observam.
Mentiras.
Afogado nelas, espero.
Doença.
Essas palavras cruas que me dá de troco.
Marasmo.
Flutuo nesses cabelos de Medusa adestrada.
Anestésicos.
Moribundo me arrasto sem brilho nos olhos.
Surdo.
Navego sob a Égide da minha loucura.
domingo, 22 de maio de 2011
Nem vem dona Inspiração!
domingo, 22 de maio de 2011
0
Acordei sem vontade de você Inspiração!
Nem uma linhazinha farei porque você quer!
Vou deixar você ai sozinha, morrendo de inanição!
Hoje, eu vou ficar, olhando a tela branca, sem escrever
Não adianta me enganar, como já fez...
Hoje eu não escrevo nem fudendo sobre nada!
Sem essa de me deixar triste com algo outra vez
Você vai ficar de lado, quieta, calada!
Não sou refém de escrever!
Eu faço porque quero e a hora que querer
Pronto, consegui, fiquei um dia sem você
Vou terminar esse dia sem nada de novo pra falar!
Não vou dizer da minha irritação, nem lamentar
Vou terminar esse dia sem falar de amor, você vai ver
Amanhã, quando vieres novamente Inspiração
Baterá a porta antes, pois não sou seu fantoche!
E se numa hora perdida eu lhe permitir que me toque
Será porque eu quis, e não por sua imposição!
Voltará a tomar o lugar de sempre, secundária
Aqui quem manda são meus dedos dona Inspiração
E só vou jogá-los sobre o teclado se eu quiser!
Na hora que eu deixar, você volta ao meu coração.
E não quero nada desse alivio tosco da hora que terminar!
Que começa assim que termina a angústia por escrever...
Hoje eu vou fechar cadernos, tirar canetas, me controlar
Sou dono sim, das minhas vontades e do meu parco saber!
Sai dona Inspiração, hoje você perdeu
Estou aqui, sentado, e você ri?
Calma será que ainda não percebeu que...
Oh droga, agora que vi... já escrevi...
Nem uma linhazinha farei porque você quer!
Vou deixar você ai sozinha, morrendo de inanição!
Hoje, eu vou ficar, olhando a tela branca, sem escrever
Não adianta me enganar, como já fez...
Hoje eu não escrevo nem fudendo sobre nada!
Sem essa de me deixar triste com algo outra vez
Você vai ficar de lado, quieta, calada!
Não sou refém de escrever!
Eu faço porque quero e a hora que querer
Pronto, consegui, fiquei um dia sem você
Vou terminar esse dia sem nada de novo pra falar!
Não vou dizer da minha irritação, nem lamentar
Vou terminar esse dia sem falar de amor, você vai ver
Amanhã, quando vieres novamente Inspiração
Baterá a porta antes, pois não sou seu fantoche!
E se numa hora perdida eu lhe permitir que me toque
Será porque eu quis, e não por sua imposição!
Voltará a tomar o lugar de sempre, secundária
Aqui quem manda são meus dedos dona Inspiração
E só vou jogá-los sobre o teclado se eu quiser!
Na hora que eu deixar, você volta ao meu coração.
E não quero nada desse alivio tosco da hora que terminar!
Que começa assim que termina a angústia por escrever...
Hoje eu vou fechar cadernos, tirar canetas, me controlar
Sou dono sim, das minhas vontades e do meu parco saber!
Sai dona Inspiração, hoje você perdeu
Estou aqui, sentado, e você ri?
Calma será que ainda não percebeu que...
Oh droga, agora que vi... já escrevi...
Teorema
Quis fazer da vida um teorema matemático.
Uma equação que a soma dos catetos,
Me dê seus dedos equivocados.
Pensei no Laplace bebendo pinga,
e nos sistemas insolúveis que me deparei.
Dai os corolários e os teoremas.
Bem dizer, quis ver ordem em tudo,
Nos seus bom dias e quando grita na cama.
Botar umas rédeas nesses alfas e betas.
Passei horas encarando Clairaut-Schwarz.
E me senti um delta menor, meio pobre, um tanto mendigo.
Depois de noites cheguei na solução, desses seus olhos de indiferença.
Somatórias me reduzem num átomo aflito,
Dividido, sufocado, viajando em fractais [e nas pernas de boas moças.]
Leibniz, que deixou esse pó vencido, trouxe a mim o entendimento,
Do pensar estranho das garotas sem rosto que eu conheci.
Na impotência do meu intelecto, roubei escritos e sumi na escuridão,
Com vergonha fugi nesses lugares de gente estranha e bebida barata.
Só no calor dos tragos de conhaque e de carinhos ordinários,
que entendi a força dos afetos.
Isso não é um discurso e nem um método,
Descartes com seus sonhos irreais
só me deram chance de ir embora.
Carregando o mistério da vida,
Desordenado entre papeis e breves histórias de amor.
Desiludido entre dias comuns, noites de suor e baixaria.
Uma equação que a soma dos catetos,
Me dê seus dedos equivocados.
Pensei no Laplace bebendo pinga,
e nos sistemas insolúveis que me deparei.
Dai os corolários e os teoremas.
Bem dizer, quis ver ordem em tudo,
Nos seus bom dias e quando grita na cama.
Botar umas rédeas nesses alfas e betas.
Passei horas encarando Clairaut-Schwarz.
E me senti um delta menor, meio pobre, um tanto mendigo.
Depois de noites cheguei na solução, desses seus olhos de indiferença.
Somatórias me reduzem num átomo aflito,
Dividido, sufocado, viajando em fractais [e nas pernas de boas moças.]
Leibniz, que deixou esse pó vencido, trouxe a mim o entendimento,
Do pensar estranho das garotas sem rosto que eu conheci.
Na impotência do meu intelecto, roubei escritos e sumi na escuridão,
Com vergonha fugi nesses lugares de gente estranha e bebida barata.
Só no calor dos tragos de conhaque e de carinhos ordinários,
que entendi a força dos afetos.
Isso não é um discurso e nem um método,
Descartes com seus sonhos irreais
só me deram chance de ir embora.
Carregando o mistério da vida,
Desordenado entre papeis e breves histórias de amor.
Desiludido entre dias comuns, noites de suor e baixaria.
sábado, 21 de maio de 2011
O que restou...
sábado, 21 de maio de 2011
0
Agora sou o que me restou
Sujeira que enfeita o prato
Sou um pouco mais do que sou
E sou bem menos do que acho
E num dia de calor chuvoso
Numa tarde qualquer, perdida
Sou a sombra de um riso gostoso
Que se esvai no rosto da vida
Me perco e me refaço outra vez
Sou obra por fazer, mal-acabada
E é nas horas em que a noite é balada
Que sou todo, inteiro e de mim um refém
Sem perceber me termino nos cantos
E como tem sido fácil me perder
E é nas noites laranjas com guitarras em prantos
É que a vida corre fácil, e me obriga a correr...
Sujeira que enfeita o prato
Sou um pouco mais do que sou
E sou bem menos do que acho
E num dia de calor chuvoso
Numa tarde qualquer, perdida
Sou a sombra de um riso gostoso
Que se esvai no rosto da vida
Me perco e me refaço outra vez
Sou obra por fazer, mal-acabada
E é nas horas em que a noite é balada
Que sou todo, inteiro e de mim um refém
Sem perceber me termino nos cantos
E como tem sido fácil me perder
E é nas noites laranjas com guitarras em prantos
É que a vida corre fácil, e me obriga a correr...
Ta chegando o tempo de quermese?
Queimar na fogueira desse são joão que bebe pinga e adora os peitos da marluce.
Queimar o gato que levanta o rabo pra um teco de comida.
Queimar na fogueira a conversa mole das vanusas e valeskas, que também levantam o rabo atras dos seus interesses.
Também me queimem na fogueira, que na fraqueza dos meus ossos ajudei a foder com tudo.
Queimar o gato que levanta o rabo pra um teco de comida.
Queimar na fogueira a conversa mole das vanusas e valeskas, que também levantam o rabo atras dos seus interesses.
Também me queimem na fogueira, que na fraqueza dos meus ossos ajudei a foder com tudo.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
A demora...
sexta-feira, 20 de maio de 2011
0
Como não te vi naquela noite?
Entre as luzes que piscavam na entrada?
Por que tive que deixar esse tempo passar?
Pra te ver aqui hoje, minha.
Perder, ganhar, a vida é só isso mesmo...
Uma sucessão de coisas que só importam a nós
E nós nem ligamos mais, bebemos pra comemorar
Ou quando perdemos, bebemos pra esquecer...
Tem sido o seu o sorriso que me faz bem
E dar risada com você a melhor parte de mim...
Eu me perdi muitas vezes, e poucas vezes me achei
Tive milhares de sonhos, por várias vezes apaixonei
Hoje eu te toco é tão real, que perder isso seria um mal
Me abraça de novo sim? Sentir seu cheiro no pescoço
E tudo que quero pra terminar outro dia bem...
Perdão pela demora, mas só hoje te enxerguei.
Entre as luzes que piscavam na entrada?
Por que tive que deixar esse tempo passar?
Pra te ver aqui hoje, minha.
Perder, ganhar, a vida é só isso mesmo...
Uma sucessão de coisas que só importam a nós
E nós nem ligamos mais, bebemos pra comemorar
Ou quando perdemos, bebemos pra esquecer...
Tem sido o seu o sorriso que me faz bem
E dar risada com você a melhor parte de mim...
Eu me perdi muitas vezes, e poucas vezes me achei
Tive milhares de sonhos, por várias vezes apaixonei
Hoje eu te toco é tão real, que perder isso seria um mal
Me abraça de novo sim? Sentir seu cheiro no pescoço
E tudo que quero pra terminar outro dia bem...
Perdão pela demora, mas só hoje te enxerguei.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Ela e o bar perdido...
quinta-feira, 19 de maio de 2011
1
Eu nunca tive muitos motivos pra estar aqui
Ah não ser gostar do lugar, das luzes
Eu nunca tive motivos pra fugir daqui
Não queria estar em nenhum outro lugar
Você vinha, me tocava e saia
Talvez achasse que fosse a graça do lugar
Não me ligava muito em você na época
Pedia outra Brahma e ouvia outra musica
Não lembro ao certo o cheiro de lá
Lembro que tinha um cheiro forte
Sempre alguém reclamava do banheiro
Mas não era esse cheiro que tinha...
Lembro dos ventiladores no teto
Cheios de teia de aranha...
Fazia sempre frio, janelas sempre abertas
Ventava lá dentro como se fosse fora
Você se achava a atração
Controlava o som da jukebox
E quando eu entrava no bar
Colova sempre um samba ou um rock
Passava seus braços no meu pescoço
Tentava encostar as pernas na minha
Eu sentia o cheiro do seu perfume doce
E me irritava com seu grude sem sentido
E ria alto, queria todos os olhares
E recebia de volta aqueles olhos semi-mortos
De fracassados que vinham de outros bares
Quando me dava conta do cheio ruim
Da visão triste dos bêbados sentados
Puxava você pelo braço e te beijava
Seu cheiro era doce, seu gosto era bom
Seu abraço, com seu corpo magro
Era melhor que o frio que entrava no bar
Seu olhar caído, lâmguido, pidão
Era muito melhor que qualquer coisa de lá
Me apaixonei por você a cada noite
E me cansei de você a cada noite também
Ainda não sei bem o que você é
Que a cada noite ignora meu desdém
As vezes quis te levar de lá
Te jogar na moto e correr
Mas tem coisas que tem seu lugar
E você é flor daquele lixo...
Ah não ser gostar do lugar, das luzes
Eu nunca tive motivos pra fugir daqui
Não queria estar em nenhum outro lugar
Você vinha, me tocava e saia
Talvez achasse que fosse a graça do lugar
Não me ligava muito em você na época
Pedia outra Brahma e ouvia outra musica
Não lembro ao certo o cheiro de lá
Lembro que tinha um cheiro forte
Sempre alguém reclamava do banheiro
Mas não era esse cheiro que tinha...
Lembro dos ventiladores no teto
Cheios de teia de aranha...
Fazia sempre frio, janelas sempre abertas
Ventava lá dentro como se fosse fora
Você se achava a atração
Controlava o som da jukebox
E quando eu entrava no bar
Colova sempre um samba ou um rock
Passava seus braços no meu pescoço
Tentava encostar as pernas na minha
Eu sentia o cheiro do seu perfume doce
E me irritava com seu grude sem sentido
E ria alto, queria todos os olhares
E recebia de volta aqueles olhos semi-mortos
De fracassados que vinham de outros bares
Quando me dava conta do cheio ruim
Da visão triste dos bêbados sentados
Puxava você pelo braço e te beijava
Seu cheiro era doce, seu gosto era bom
Seu abraço, com seu corpo magro
Era melhor que o frio que entrava no bar
Seu olhar caído, lâmguido, pidão
Era muito melhor que qualquer coisa de lá
Me apaixonei por você a cada noite
E me cansei de você a cada noite também
Ainda não sei bem o que você é
Que a cada noite ignora meu desdém
As vezes quis te levar de lá
Te jogar na moto e correr
Mas tem coisas que tem seu lugar
E você é flor daquele lixo...
Gabba Gabba Hey, revolução e sprays na parede
Play!
Falei dos anos 90 a pouco. Os meus anos de infância beijaram os 90 e com vigor juvenil de um adolescente que tá conhecendo o pinto eu deixei essa década encarando um dos maiores eventos do pop.
Como disse, nem sei o que me motivava na infância, estava fadado a ser um grande idiota, caso meus inimigos se incomodem com essa frase eu refaço a colocação, estava fadado a ser mais idiota do que sou.
Conheci certas coisas meio tardio comparado com meus amigos que já tinham transado aos 14 e já sacaram essa coisa de Kurt Cobain sair engatinhando de palco. Eu não, transei tarde e era o deslocado sem graça que odiava os amiguinhos da escola. Passava as noites com um walkman aiwa que tinha um fonão dos bons, dali peguei gosto pela música. Tinha profundidade, mas era catastrófico. Ouvia rádio e os quilos hertz disponíveis eram pouca coisa que prestava. Acho que após 15 anos nada mudou. Lembro que ouvia um programa de metal e tinha uns contos do Zé do Caixão, era engraçadissímo. E, tocava metal. Gostava daquelas guitarras pesadas, mas sempre vinha aqueles vocais e tecladinhos e isso era a morte assustadora que dava mais pânico que o Zé falando: "Vocêêê... e todos vocêsss". Era isso, guitarras pesadas e muita viadagem coberta de caveira e pose de "demo". Pra encurtar a história vou acelerar um pouco e chegar na parte que eu dei de cara com um album pirata dos Ramones, a coletânea Ramones mania, 20 faixas de genialidade e chute no baço. Revolução.
Desde então vivi 3 anos em um. Comprei livros, enchi a cara e como já disse algum rock por ai: Me apaixonei pela sarjeta. Quando me dei conta levantei os cabelos, rasguei as calças e fiz o que qualquer adolescente faria. Pior foi dar conta que estava ouvindo cólera e acreditando naquilo. É como botar Ratos de porão pra dormir. Li os malatestas, os Proudhons e sonhava em transar com Emma Goldman.
Ramones mania se multiplicou em todos os albuns dos caras, tem quem diga que são todas as músicas iguais, mas em 76 isso era de foder a mente de muito Iggy Pop e Johnny Rotten por ai. Canções com letras bocós que não saem do ouvido. Chicletão, um verdadeiro fenômeno pop. Caras que não seriam nada na vida faziam música boa e rodavam numa van de show em show vivendo o sonho de milhares de garotos. Tem quem acredita que fulano é um Poeta do Rock ou que Jimmi-Não-sei-quem maneja sua guitarra como nunca se viu, mas estamos falando de revolução. Como atear fogo na praça de maio ou realizar uma invasão em massa no pálacio central. Tudo que se produz desde então tem alguma coisa que eles fizeram. E to falando de rock e eu disse tudo.
Eles não seriam nada e estavam correndo. Desde então eu escrevo mesmo sem saber, eu tive banda sem ser nenhum Denis Chambers da bateria. E acho que não deu pra mudar o mundo e talvez nem dê tempo. Que essa pretensão juvenil eu deixo pra depois. Tiro um sorriso, pois mudei o meu mundo e isso é um bom passo.
Hoje Joey Ramone faria 60 anos, nem acho ele o mais divertido dos Ramones, mas frontman é frontman. Como já disse, me dei conta que serei um eterno viciado em recuperação.
Falei dos anos 90 a pouco. Os meus anos de infância beijaram os 90 e com vigor juvenil de um adolescente que tá conhecendo o pinto eu deixei essa década encarando um dos maiores eventos do pop.
Como disse, nem sei o que me motivava na infância, estava fadado a ser um grande idiota, caso meus inimigos se incomodem com essa frase eu refaço a colocação, estava fadado a ser mais idiota do que sou.
Conheci certas coisas meio tardio comparado com meus amigos que já tinham transado aos 14 e já sacaram essa coisa de Kurt Cobain sair engatinhando de palco. Eu não, transei tarde e era o deslocado sem graça que odiava os amiguinhos da escola. Passava as noites com um walkman aiwa que tinha um fonão dos bons, dali peguei gosto pela música. Tinha profundidade, mas era catastrófico. Ouvia rádio e os quilos hertz disponíveis eram pouca coisa que prestava. Acho que após 15 anos nada mudou. Lembro que ouvia um programa de metal e tinha uns contos do Zé do Caixão, era engraçadissímo. E, tocava metal. Gostava daquelas guitarras pesadas, mas sempre vinha aqueles vocais e tecladinhos e isso era a morte assustadora que dava mais pânico que o Zé falando: "Vocêêê... e todos vocêsss". Era isso, guitarras pesadas e muita viadagem coberta de caveira e pose de "demo". Pra encurtar a história vou acelerar um pouco e chegar na parte que eu dei de cara com um album pirata dos Ramones, a coletânea Ramones mania, 20 faixas de genialidade e chute no baço. Revolução.
Desde então vivi 3 anos em um. Comprei livros, enchi a cara e como já disse algum rock por ai: Me apaixonei pela sarjeta. Quando me dei conta levantei os cabelos, rasguei as calças e fiz o que qualquer adolescente faria. Pior foi dar conta que estava ouvindo cólera e acreditando naquilo. É como botar Ratos de porão pra dormir. Li os malatestas, os Proudhons e sonhava em transar com Emma Goldman.
Ramones mania se multiplicou em todos os albuns dos caras, tem quem diga que são todas as músicas iguais, mas em 76 isso era de foder a mente de muito Iggy Pop e Johnny Rotten por ai. Canções com letras bocós que não saem do ouvido. Chicletão, um verdadeiro fenômeno pop. Caras que não seriam nada na vida faziam música boa e rodavam numa van de show em show vivendo o sonho de milhares de garotos. Tem quem acredita que fulano é um Poeta do Rock ou que Jimmi-Não-sei-quem maneja sua guitarra como nunca se viu, mas estamos falando de revolução. Como atear fogo na praça de maio ou realizar uma invasão em massa no pálacio central. Tudo que se produz desde então tem alguma coisa que eles fizeram. E to falando de rock e eu disse tudo.
Eles não seriam nada e estavam correndo. Desde então eu escrevo mesmo sem saber, eu tive banda sem ser nenhum Denis Chambers da bateria. E acho que não deu pra mudar o mundo e talvez nem dê tempo. Que essa pretensão juvenil eu deixo pra depois. Tiro um sorriso, pois mudei o meu mundo e isso é um bom passo.
Hoje Joey Ramone faria 60 anos, nem acho ele o mais divertido dos Ramones, mas frontman é frontman. Como já disse, me dei conta que serei um eterno viciado em recuperação.
A Pessoa Errada
E este num vale... Este foi o que postei no dia 12 e o blogger engoliu! Nem é lá essas coisas mas...
Nada parece tão solto…
É tudo bobeira, fala errada
Os risos agora são poucos
E a vida passa apertada
Dessas rimas se faz uma sopa
E jogo rimas e palavras e mais nada
E no calor dos dias chuvosos
Qualquer verdade parece enganada
E nos dias em que se confunde
Verdade e mentira, certo ou errado
Se perde o poder que unge
As respostas com o equivocado
E que serei eu no mundo perdido?
Um riso solto? Piada mal contada?
Sou um pouco do que falo e penso
E percebo que sou sempre a pessoa errada.
Nada parece tão solto…
É tudo bobeira, fala errada
Os risos agora são poucos
E a vida passa apertada
Dessas rimas se faz uma sopa
E jogo rimas e palavras e mais nada
E no calor dos dias chuvosos
Qualquer verdade parece enganada
E nos dias em que se confunde
Verdade e mentira, certo ou errado
Se perde o poder que unge
As respostas com o equivocado
E que serei eu no mundo perdido?
Um riso solto? Piada mal contada?
Sou um pouco do que falo e penso
E percebo que sou sempre a pessoa errada.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Nos anos 90
quarta-feira, 18 de maio de 2011
3
Nos 90 eu era garoto, numa época que o Maradona já mostrava que ia ficar gordo. Onde eles jogavam com aqueles shortinhos adidas, ainda anos 80. Bem dizer, nunca fui fã de futebol. Na verdade nos anos 90 eu era criança e não era fã de nada. Acredite. Nem dos mamonas e nem dos hits do Raça negra. Nunca tive os brinquedos mais fodas da época e por isso nem de brinquedos era fã.
Chegou uma época que fiquei fã da banheira do Gugu e da loiras do Gera samba, mas ai é sacanagem e acho que tudo mundo é fã de sacanagem, nem sei o que me motivava, ao contrário de alguns amigos, naquela época não entendia muito bem certas coisas, como Kurt Cobain saindo engatinhando do palco aqui no hollywood Rock. Cara, Hollywood Rock e tem gente que ainda faz piada de Pop in Rio.
Nos anos 90 podia fazer propaganda de cigarro então rolou de ver Cowboy fumando na TV e a Formula 1 sustentada pelos caras. Lembro que meu pai era fã de formula 1, acho que ele entendia mais das coisas naquela época. Se bem acho que ele não entendeu a história do Kurt, mas a do Airton ele vibrou. Ele que nem é tão fã de futebol, mas deixava a TV ligada nas noites de quarta. E assim a gente ficava, dois caras pouco fãs de futebol vendo TV. Ele dormia sempre e quando eu ia desligar a TV ele acordava desesperado dizendo: Eu to vendo, eu to vendo. Isso é muito cara de pai e não de anos 90, então desconsiderem isso.
Ah! eu gostava de MTV, minha irmã botou lá em casa, lembro que tinha que ajustar o canal girando um botãozinho na nossa TV mitsubishi de 10 canais. O sinal era ruim, como a programação e por ser tão ruim eu achava o máximo. Minha irmã assistia um programa de reggae lá e era muito foda. E ela comentava sobre um tal de raggamuffin e gravava os clipes mais legais numa fita VHS que que tenho até hoje. Tocava ska naquele programa, mas naquela época eu não entendia muito das coisas. Precisei de mais 6 anos pra reencontrar e entender muita coisa.
Já na infância não era ligado em esportes mas já ralei muito o joelho e os dedos andando de rolemã, lembro no dia que meu pai fez lá na fábrica dele. A fábrica era o lugar que eu muito frequentava e tinha uns figuras engraçados por lá. Lá tinha, o extinto jornal, Notícias Populares, tinha umas gostosas mostrando a bunda e o peito por lá e eu era fã disso.
A infância foi sem motivação, sei que a juventude foi bem mais divertida, os anos 90 correram assim cheio de descobertas, com sabor Fanta Laranja. De garrafa de vidro.
Chegou uma época que fiquei fã da banheira do Gugu e da loiras do Gera samba, mas ai é sacanagem e acho que tudo mundo é fã de sacanagem, nem sei o que me motivava, ao contrário de alguns amigos, naquela época não entendia muito bem certas coisas, como Kurt Cobain saindo engatinhando do palco aqui no hollywood Rock. Cara, Hollywood Rock e tem gente que ainda faz piada de Pop in Rio.
Nos anos 90 podia fazer propaganda de cigarro então rolou de ver Cowboy fumando na TV e a Formula 1 sustentada pelos caras. Lembro que meu pai era fã de formula 1, acho que ele entendia mais das coisas naquela época. Se bem acho que ele não entendeu a história do Kurt, mas a do Airton ele vibrou. Ele que nem é tão fã de futebol, mas deixava a TV ligada nas noites de quarta. E assim a gente ficava, dois caras pouco fãs de futebol vendo TV. Ele dormia sempre e quando eu ia desligar a TV ele acordava desesperado dizendo: Eu to vendo, eu to vendo. Isso é muito cara de pai e não de anos 90, então desconsiderem isso.
Ah! eu gostava de MTV, minha irmã botou lá em casa, lembro que tinha que ajustar o canal girando um botãozinho na nossa TV mitsubishi de 10 canais. O sinal era ruim, como a programação e por ser tão ruim eu achava o máximo. Minha irmã assistia um programa de reggae lá e era muito foda. E ela comentava sobre um tal de raggamuffin e gravava os clipes mais legais numa fita VHS que que tenho até hoje. Tocava ska naquele programa, mas naquela época eu não entendia muito das coisas. Precisei de mais 6 anos pra reencontrar e entender muita coisa.
Já na infância não era ligado em esportes mas já ralei muito o joelho e os dedos andando de rolemã, lembro no dia que meu pai fez lá na fábrica dele. A fábrica era o lugar que eu muito frequentava e tinha uns figuras engraçados por lá. Lá tinha, o extinto jornal, Notícias Populares, tinha umas gostosas mostrando a bunda e o peito por lá e eu era fã disso.
A infância foi sem motivação, sei que a juventude foi bem mais divertida, os anos 90 correram assim cheio de descobertas, com sabor Fanta Laranja. De garrafa de vidro.
Ramones e Anos 90... saudades!
Eu não me acostumo
Com as roupas coloridas
Com as girias produzidas
Nem consigo ouvir
As guitarras limpinhas
As vozes tão finas
Me irrita o olhar
E é estranho ver
Esses all star`s limpinhos
Nem rasgados, tão fofinhos
Essa impessoalidade
A falsidade dos abraços
A loucura das bebidas
Tudo bobo e sem sentido
Talvez seja eu o idiota
Pregado nas coisas do passado
Onde cada um era o que era
E ser adolescente era condição passageira
Acho mesmo que é culpa minha
Sentir raiva de adultos sorridentes
Que se acham tão novinhos
Cheios de suas rugas ao sorrir
Acho que sou eu
Com raiva das senhoras mentirosas
Com botox e silicone
Que compram garotos pra desfilar
Perdi a mão eu acho
Num ano novo qualquer em 90
Onde era mais fácil ser "si próprio"
E rículo só seguir
Queria o ano de 91
Onde Nirvana era novidade
Com seus gritos e inconformismo
Hoje o Restart nasce no studio
Filho de um produtor qualquer
E esse garotos são produtos
Jogadas nas prateleiras da TV
Queria que fosse 90
Pra esperar pelo lançamento
Dos Ramones de um disco novo
Que se chamaria Loco Live
E a ultima turnê passaria no Brasil.
Nem queria ser mais garoto novo
Nem queria ter mais o que viver
Queria só um pouco de autenticidade
E ver o mundo, um pouquinho menos chato
Acho que queria anos 90
Pra não ter medo do que dizer
Pra não conhecer a palavra bullyng
E mandar todo mundo se foder
Acho que me perdi de novo
Numa curva qualquer,
da nova garota do Tchan
Num mundo ainda sem ICQ
Com as roupas coloridas
Com as girias produzidas
Nem consigo ouvir
As guitarras limpinhas
As vozes tão finas
Me irrita o olhar
E é estranho ver
Esses all star`s limpinhos
Nem rasgados, tão fofinhos
Essa impessoalidade
A falsidade dos abraços
A loucura das bebidas
Tudo bobo e sem sentido
Talvez seja eu o idiota
Pregado nas coisas do passado
Onde cada um era o que era
E ser adolescente era condição passageira
Acho mesmo que é culpa minha
Sentir raiva de adultos sorridentes
Que se acham tão novinhos
Cheios de suas rugas ao sorrir
Acho que sou eu
Com raiva das senhoras mentirosas
Com botox e silicone
Que compram garotos pra desfilar
Perdi a mão eu acho
Num ano novo qualquer em 90
Onde era mais fácil ser "si próprio"
E rículo só seguir
Queria o ano de 91
Onde Nirvana era novidade
Com seus gritos e inconformismo
Hoje o Restart nasce no studio
Filho de um produtor qualquer
E esse garotos são produtos
Jogadas nas prateleiras da TV
Queria que fosse 90
Pra esperar pelo lançamento
Dos Ramones de um disco novo
Que se chamaria Loco Live
E a ultima turnê passaria no Brasil.
Nem queria ser mais garoto novo
Nem queria ter mais o que viver
Queria só um pouco de autenticidade
E ver o mundo, um pouquinho menos chato
Acho que queria anos 90
Pra não ter medo do que dizer
Pra não conhecer a palavra bullyng
E mandar todo mundo se foder
Acho que me perdi de novo
Numa curva qualquer,
da nova garota do Tchan
Num mundo ainda sem ICQ
terça-feira, 17 de maio de 2011
Coletivo Um Oito - A anarquia do silêncio
terça-feira, 17 de maio de 2011
0
Esse é um blog de poesias baratas então o video está em segundo plano por hoje, mas da um play e lê a parada do dia!
Vou sujar esse mundo!
Vou dizer o que quiser
Vou gritar palavrões pela rua!
Elevar o tom de voz...
Pra dizer coisa atroz
Ao perdido, ao mendigo
Ao povo que entra no trem...
Vou organizar rituais de sexo,
Dançarei nu em dias de garoa.
Mostrarei os dentes e rosnarei,
assim, gratuito [como todo mundo gosta.]
Desconforto é essa vida mimetizada,
desconcertante é encarnar Homero às 6 da manhã
e coragem é assumir que não existe destino. [nem fim]
Irei me conformar em ser inútil,
mas antes darei um pouco de animalidade,
Uma pensão esquizofrênica
Que herdei sem querer.
Beleza, caos e silêncio
Virão junto desse pus amarelado
Que exala desse filho renegado
Silêncio.
Vou sujar esse mundo!
Vou dizer o que quiser
Vou gritar palavrões pela rua!
Elevar o tom de voz...
Pra dizer coisa atroz
Ao perdido, ao mendigo
Ao povo que entra no trem...
Vou organizar rituais de sexo,
Dançarei nu em dias de garoa.
Mostrarei os dentes e rosnarei,
assim, gratuito [como todo mundo gosta.]
Desconforto é essa vida mimetizada,
desconcertante é encarnar Homero às 6 da manhã
e coragem é assumir que não existe destino. [nem fim]
Irei me conformar em ser inútil,
mas antes darei um pouco de animalidade,
Uma pensão esquizofrênica
Que herdei sem querer.
Beleza, caos e silêncio
Virão junto desse pus amarelado
Que exala desse filho renegado
Silêncio.
Corvo Laranja!
Ele sentou no meu ombro
Um corvo laranja(!!)
Em silêncio, soturno
Corvo quieto, defunto
Se curva sobre meu peito
Sem me ferir atinge meu coração
Me degrute, me mastiga devagar
Um estorno, um corvo, uma ilusão
Sentei-me, a solução é sentar
Corvo faminto pede mais sangue
Um corvo orange que quer ação
Grasna esse corvo
Grito por socorro
Voa o meu corvo
Do tédio, da solidão
Se seu alimento é meu sangue
Que revolve pulsante do coração
Se é afeto e amor que consome
Volte logo, está pleno meu peito!
Se tivesse medo fugiria
Como fujo do que quero
Se tivesse coragem sorriria
Como sorrio pro meu tédio!
Um corvo laranja(!!)
Em silêncio, soturno
Corvo quieto, defunto
Se curva sobre meu peito
Sem me ferir atinge meu coração
Me degrute, me mastiga devagar
Um estorno, um corvo, uma ilusão
Sentei-me, a solução é sentar
Corvo faminto pede mais sangue
Um corvo orange que quer ação
Grasna esse corvo
Grito por socorro
Voa o meu corvo
Do tédio, da solidão
Se seu alimento é meu sangue
Que revolve pulsante do coração
Se é afeto e amor que consome
Volte logo, está pleno meu peito!
Se tivesse medo fugiria
Como fujo do que quero
Se tivesse coragem sorriria
Como sorrio pro meu tédio!
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Sábado no Shopping
segunda-feira, 16 de maio de 2011
0
Mármore no chão
No chão os sapatos
Infelizes seguranças
De ternos engravatados
Lojas abertas
Aberta a temporada
De caça ao preço
Preço que acha bom
Coloridos lojistas
De polo, suados
Num sábado lotado
Sem opção!
Ar-condicionado
Condicionado fulgor
Dos dias perdidos
pobres dias sem amor
Cartão de crédito ou débito?
Pra presente? Pode embrulhar?
Parcela em 5!
Leva um pro seu filho!
Aceita cheque?
Faz o cadastro
Do consumo isso é lastro
Um fim pra existir
As mesas lotadas
Conversa bem alta
Porque fala gritando
Quem não sabe oque dizer
E todos de carro
Que lota o asfalto
E o estresse é alto
Não tem onde estacionar
E tudo é problema
O frio, o calor
E a falta de tempo
Torna tudo um horror
Das pessoas que correm
Que compram com pressa
E os dias que perdem
Nesta casa de louvor
Louvor ao dinheiro
Ao cartão! Até ao cheque
Eufóricos se esquecem
Das contas a pagar
As ruas estão vazias...
E a cidade semi-morta
Renasce, sem personalidade
Nos corredores sintéticos
De um shopping qualquer
Sou pouco nisso tudo
Sou luto neste sábado
Que passo perdido
Nesse templo proibido
Nesse tempo sem pudor
No chão os sapatos
Infelizes seguranças
De ternos engravatados
Lojas abertas
Aberta a temporada
De caça ao preço
Preço que acha bom
Coloridos lojistas
De polo, suados
Num sábado lotado
Sem opção!
Ar-condicionado
Condicionado fulgor
Dos dias perdidos
pobres dias sem amor
Cartão de crédito ou débito?
Pra presente? Pode embrulhar?
Parcela em 5!
Leva um pro seu filho!
Aceita cheque?
Faz o cadastro
Do consumo isso é lastro
Um fim pra existir
As mesas lotadas
Conversa bem alta
Porque fala gritando
Quem não sabe oque dizer
E todos de carro
Que lota o asfalto
E o estresse é alto
Não tem onde estacionar
E tudo é problema
O frio, o calor
E a falta de tempo
Torna tudo um horror
Das pessoas que correm
Que compram com pressa
E os dias que perdem
Nesta casa de louvor
Louvor ao dinheiro
Ao cartão! Até ao cheque
Eufóricos se esquecem
Das contas a pagar
As ruas estão vazias...
E a cidade semi-morta
Renasce, sem personalidade
Nos corredores sintéticos
De um shopping qualquer
Sou pouco nisso tudo
Sou luto neste sábado
Que passo perdido
Nesse templo proibido
Nesse tempo sem pudor
50 em 1.
Play! Par Avion - FM Belfast
Agora a gente acorda nos domingos,
com esses cinquenta e poucos no olhar.
Cheios de saudades quando era só quebrar garrafas,
agora a gente acorda sem encarar os espelhos.
Todas nossas conversas caem nas lembranças,
quando a gente ia se preocupar.
Quando o que importava era o caminho [não o fim.]
Agora a gente acorda nos domingos,
com esses cinquenta e poucos no olhar.
Cheios de saudades quando era só quebrar garrafas,
agora a gente acorda sem encarar os espelhos.
Todas nossas conversas caem nas lembranças,
quando a gente ia se preocupar.
Quando o que importava era o caminho [não o fim.]
domingo, 15 de maio de 2011
Nem sempre é o melhor...
domingo, 15 de maio de 2011
2
Não é ela, está tão claro que não é
Mas hoje terá que ser ela, sem pensar
O prazer, vem, claro que vem...
Mas no fim é só vergonha, só pesar...
Tira-se a roupa mecanicamente
Cada um com mais pressa de terminar
Ela quer algo mais, mas o sexo compensa
Eu quero, pelo menos por hoje, aliviar
Ser homem é difícil, se começa não pode parar
E ir até o fim quando não se quer é horrível
Ela goza, eu gozo e já é hora, vá embora...
É nojento, eu sei, mas hoje é o que temos...
Fico na minha cama, sozinho
Ela parte, não sinto frio
Não vou querer de novo... Sem outra vez, dessa vez
A verdade é que a palavra aqui é nojo
E sou escravo doente das vontades que tenho...
Mas hoje terá que ser ela, sem pensar
O prazer, vem, claro que vem...
Mas no fim é só vergonha, só pesar...
Tira-se a roupa mecanicamente
Cada um com mais pressa de terminar
Ela quer algo mais, mas o sexo compensa
Eu quero, pelo menos por hoje, aliviar
Ser homem é difícil, se começa não pode parar
E ir até o fim quando não se quer é horrível
Ela goza, eu gozo e já é hora, vá embora...
É nojento, eu sei, mas hoje é o que temos...
Fico na minha cama, sozinho
Ela parte, não sinto frio
Não vou querer de novo... Sem outra vez, dessa vez
A verdade é que a palavra aqui é nojo
E sou escravo doente das vontades que tenho...
Medos quase infantis
A música do dia: Chickenpox - Anything you say
Medos quase infantis preenchem o ar.
Nesses cinco metros quadrados
ela se revela com seu salto-alto.
A luz baixa só permite que veja sua silhueta.
Logo ela se aproxima,
Encaro seu riso que se perde em pecado.
Me afundo nesses lençois e cortinas.
Num domingo que poderia ser eterno.
Medos quase infantis preenchem o ar.
Nesses cinco metros quadrados
ela se revela com seu salto-alto.
A luz baixa só permite que veja sua silhueta.
Logo ela se aproxima,
Encaro seu riso que se perde em pecado.
Me afundo nesses lençois e cortinas.
Num domingo que poderia ser eterno.
sábado, 14 de maio de 2011
Deus, Mamilos e Sonhos de Pobre!
sábado, 14 de maio de 2011
1
E Deus me fez sem seus problemas
Sei lá mesmo se Deus me fez
Tenho tanto defeito comigo
Que tenho nojo do pobre perdido
Que deve ter infecção até no mamilo
Mas...
Acordei bem longe essa manhã
Num lugar, distante que não queria estar
Acordei e tinha que pegar o ônibus
Contei moedas pra passagem pagar
Não, não sou assim o pobretão!
Sou gente de bem, honesta (hipócrita)
Que mora feliz na mansão
Que compra besteira em qualquer loja
Mas acordei no fundo do barraco
Numa biquinha perdida em Itaquera
Acordei com a camisa puida do Corinthians
E parti, de busão, pra casa dela
E ela quem era? Ela é minha patroa?
Num bairro longe, de gente como eu era (ou sou)
Acordei e achei que era sonho...
Acordar e ver o orvalho molhando a favela
Era tosco o caminho do busão
E dormia e acordava quieta!
Não sai desse sonho em vão..
Acordava e ainda era pobre e discreta
A perua que sou e me faço
Era uma morena de traços gentis
A perua que perdeu-se no espaço
Semi-puta maquiada mais que o Kiss
Acordei na minha cama de setim
E meu marido (dono?) olhava pra mim
Levantei e fui a pia do lavavo
E agradeci por ainda ser assim?
Uma puta bem paga e safada!
Mas uma puta que mora nos Jardins!
Sei lá mesmo se Deus me fez
Tenho tanto defeito comigo
Que tenho nojo do pobre perdido
Que deve ter infecção até no mamilo
Mas...
Acordei bem longe essa manhã
Num lugar, distante que não queria estar
Acordei e tinha que pegar o ônibus
Contei moedas pra passagem pagar
Não, não sou assim o pobretão!
Sou gente de bem, honesta (hipócrita)
Que mora feliz na mansão
Que compra besteira em qualquer loja
Mas acordei no fundo do barraco
Numa biquinha perdida em Itaquera
Acordei com a camisa puida do Corinthians
E parti, de busão, pra casa dela
E ela quem era? Ela é minha patroa?
Num bairro longe, de gente como eu era (ou sou)
Acordei e achei que era sonho...
Acordar e ver o orvalho molhando a favela
Era tosco o caminho do busão
E dormia e acordava quieta!
Não sai desse sonho em vão..
Acordava e ainda era pobre e discreta
A perua que sou e me faço
Era uma morena de traços gentis
A perua que perdeu-se no espaço
Semi-puta maquiada mais que o Kiss
Acordei na minha cama de setim
E meu marido (dono?) olhava pra mim
Levantei e fui a pia do lavavo
E agradeci por ainda ser assim?
Uma puta bem paga e safada!
Mas uma puta que mora nos Jardins!
Aromas e sombras
A música do dia: El guincho - Bombay
Noite tem cheiro,
mil nuances diferentes.
Como as tonalidades desses laranjas,
que acompanham cada poste.
E tem as noites de perfume,
como as fragrâncias de mulher
que a gente tem vontade de degustar.
E vagamos pela madrugada com esse desejo.
De devora-lás.
Noite tem cheiro, como as mulheres.
Mas passamos a vida toda fascinados,
sem de fato te-lás.
Noite tem cheiro,
mil nuances diferentes.
Como as tonalidades desses laranjas,
que acompanham cada poste.
E tem as noites de perfume,
como as fragrâncias de mulher
que a gente tem vontade de degustar.
E vagamos pela madrugada com esse desejo.
De devora-lás.
Noite tem cheiro, como as mulheres.
Mas passamos a vida toda fascinados,
sem de fato te-lás.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Meia dose de veneno
sexta-feira, 13 de maio de 2011
0
Bom, isso precisa deixar de ser tão impessoal, então a brincadeira é assim, você da play na música e espera uns 30 segundos, porque sempre escrevo pouco e se for rápido não vai ter graça. Escuta a música e lê o post. A música de algum modo tá relacionado com o texto. Foi a música do elevador, era a música da jukebox, era música que a gente sempre ouve, era a música que queria tá ouvindo naquele momento, sei lá algo do tipo.
A de hoje é essa: No Age - Glitter
Não descobri um jeito decente de colocar a música aqui, então vai a versão do blip mesmo por enquanto. Dá play e bora ler...
Infame essa donzela,
que arquiteta contra.
Sempre do contra.
Contra o seu amor,
contra ela mesma.
Estranha essa moça,
com sua fala alta de tão assustada.
Infame essa serpente,
que dá frutas sem critérios.
Injeta o veneno,
estátua de pedra,
ela arquiteta [contra o seu amor.]
A de hoje é essa: No Age - Glitter
Não descobri um jeito decente de colocar a música aqui, então vai a versão do blip mesmo por enquanto. Dá play e bora ler...
Infame essa donzela,
que arquiteta contra.
Sempre do contra.
Contra o seu amor,
contra ela mesma.
Estranha essa moça,
com sua fala alta de tão assustada.
Infame essa serpente,
que dá frutas sem critérios.
Injeta o veneno,
estátua de pedra,
ela arquiteta [contra o seu amor.]
A sombra do sorriso que ela provou...
Percebo que ficou frio de repente
Acho que foi uma brisa qualquer
Que entrou no quarto bagunçado da gente
Onde a noite foi longa e não estamos de pé
E vi que as janelas estavam fechadas
E o frio vinha da gente, como tapas
Sua mão nervosa estava agora parada
E a noite já era a noite passada
O que perdemos nessa noite?
Acho que deixamos pra trás...
Aqueles sonhos de coisas eternas
Nossos olhos de brilho fugaz...
Abracei, tem horas já, o seu corpo
E o calor ainda estava lá...
E agora lembrando ainda sinto o gosto
Quente e macio de tocar...
Sei, vamos ter outras e outras
Virão sim mais noites, quem sabe pra provar
Que o passado, que foi bom, é passado
E os sorrisos que já trocamos não trocamos mais
E no seu rosto ainda vejo o mesmo o rosto
O sentimento é que, eu sei, já mudou
Ainda enxergo a mulher dos meus sonhos
E no fim do meu lábio está a sombra do sorriso
que ela provocou (provou)...
Acho que foi uma brisa qualquer
Que entrou no quarto bagunçado da gente
Onde a noite foi longa e não estamos de pé
E vi que as janelas estavam fechadas
E o frio vinha da gente, como tapas
Sua mão nervosa estava agora parada
E a noite já era a noite passada
O que perdemos nessa noite?
Acho que deixamos pra trás...
Aqueles sonhos de coisas eternas
Nossos olhos de brilho fugaz...
Abracei, tem horas já, o seu corpo
E o calor ainda estava lá...
E agora lembrando ainda sinto o gosto
Quente e macio de tocar...
Sei, vamos ter outras e outras
Virão sim mais noites, quem sabe pra provar
Que o passado, que foi bom, é passado
E os sorrisos que já trocamos não trocamos mais
E no seu rosto ainda vejo o mesmo o rosto
O sentimento é que, eu sei, já mudou
Ainda enxergo a mulher dos meus sonhos
E no fim do meu lábio está a sombra do sorriso
que ela provocou (provou)...
quinta-feira, 12 de maio de 2011
O morcego e o monstro
quinta-feira, 12 de maio de 2011
1
Veio.
Qual um morcego tateando as paredes.
Cego.
Suícida.
Veio.
Qual um morcego recebendo as ondas,
disfarçando grunhidos.
Suícida.
Veio.
Qual um monstro.
Semi-morto.
Semi-crente.
Veio o morcego e o monstro.
Um tanto enganados,
um tanto vencidos.
Perdidos entre os sinais,
da névoa, do ar,
de todas as partículas,
Qual um morcego tateando as paredes.
Cego.
Suícida.
Veio.
Qual um morcego recebendo as ondas,
disfarçando grunhidos.
Suícida.
Veio.
Qual um monstro.
Semi-morto.
Semi-crente.
Veio o morcego e o monstro.
Um tanto enganados,
um tanto vencidos.
Perdidos entre os sinais,
da névoa, do ar,
de todas as partículas,
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Adriana Calcanhoto e física quântica
quarta-feira, 11 de maio de 2011
0
Ela se parece a Adriana Calcanhoto lá no fim dos anos 80. Esse foi o apelido pra moça de rosto delicado, cabelo curtinho, pele branca e sorriso arrebatador que meus amigos lhe deram. Adriana Calcanhoto, realmente se olhar bem parece. Corpo míudo mas ela toma espaço, todos a reconhecem e conhecem, de longe e de perto.
Cuidado no cabelo, na roupa, nada lhe escapa e deve ser por isso que chama tanta atenção. Figura sempre presente nesse lugar de destestáveis, com caras tatuados, moças com roupas sujas e tipos estranhos que só bebem, como eu. Já disse que todos a conhecem, então, seu rosto quase angelical não passa sem arrancar olhares, até das moças. Ainda não sei porque ela sempre aparece, deve ser pra dar uma animada na sua auto-estima. Ela estudou física numa dessas faculdades públicas, mora num apartamento bacana a duas quadras da augusta e sempre tem tempo e dinheiro pra viajar pelo mundo.
Mesmo com a cara de menina não esconde que já deu uma passadinha dos trinta anos e hoje ela veio com uma faixa no cabelo como aquele famoso cartaz da pin-up mostrando o "muque". Sorridente como sempre, fala com todo mundo. Reconheceu um povo, conversou um pouco com os garçons e logo puxou uma cadeira, sentou na mesa e começou a falar. Ela acha eu e meus amigos pra lá de estranhos mas de algum modo ela gosta de conversar com gente.
Não entendo nada dos filmes que ela assisti e me deixa pra lá intrigado como paga as suas aventuras com seu emprego mediano num laboratório que faz sei lá o que. Bom, no fim não me interessa. Me assusta toda vez que ela chama um suco de laranja, pois é, Adriana Calcanhoto não bebe, mantém sua alimentação repleta de frutas e verduras. Essa Adriana também gosta de samba e MPB.
No fim ela é tão estranha como esses caras tatuados, sei que ela busca abrigo com esses leões sem vontade. Ela é um daqueles olhares de meia idade que me assustam, de algum jeito ela perdeu as esperanças e aflita tenta ser, e se convencer, que todas as bobagens que ela um dia acreditou são possíveis e verdadeiras.
Dou aquelas risadas sem jeito e continuo a beber descontroladamente, estou no grupo dos caras que não quer te comer e nem tem interesse nas suas histórias e isso gera uma atmosfera que intriga essa Adriana Calcanhoto, de roupas modernetes e bem cuidadas. No geral estou pra lá de bêbado e não posso negar que seu bom astral me tira umas boas risadas. No fim tudo fica bem, chega um cara sempre mais estranho que também está no grupo que dos que não quer te comer e ela sai, com seu suco de laranja até outra mesa. Se auto-estimar.
Cuidado no cabelo, na roupa, nada lhe escapa e deve ser por isso que chama tanta atenção. Figura sempre presente nesse lugar de destestáveis, com caras tatuados, moças com roupas sujas e tipos estranhos que só bebem, como eu. Já disse que todos a conhecem, então, seu rosto quase angelical não passa sem arrancar olhares, até das moças. Ainda não sei porque ela sempre aparece, deve ser pra dar uma animada na sua auto-estima. Ela estudou física numa dessas faculdades públicas, mora num apartamento bacana a duas quadras da augusta e sempre tem tempo e dinheiro pra viajar pelo mundo.
Mesmo com a cara de menina não esconde que já deu uma passadinha dos trinta anos e hoje ela veio com uma faixa no cabelo como aquele famoso cartaz da pin-up mostrando o "muque". Sorridente como sempre, fala com todo mundo. Reconheceu um povo, conversou um pouco com os garçons e logo puxou uma cadeira, sentou na mesa e começou a falar. Ela acha eu e meus amigos pra lá de estranhos mas de algum modo ela gosta de conversar com gente.
Não entendo nada dos filmes que ela assisti e me deixa pra lá intrigado como paga as suas aventuras com seu emprego mediano num laboratório que faz sei lá o que. Bom, no fim não me interessa. Me assusta toda vez que ela chama um suco de laranja, pois é, Adriana Calcanhoto não bebe, mantém sua alimentação repleta de frutas e verduras. Essa Adriana também gosta de samba e MPB.
No fim ela é tão estranha como esses caras tatuados, sei que ela busca abrigo com esses leões sem vontade. Ela é um daqueles olhares de meia idade que me assustam, de algum jeito ela perdeu as esperanças e aflita tenta ser, e se convencer, que todas as bobagens que ela um dia acreditou são possíveis e verdadeiras.
Dou aquelas risadas sem jeito e continuo a beber descontroladamente, estou no grupo dos caras que não quer te comer e nem tem interesse nas suas histórias e isso gera uma atmosfera que intriga essa Adriana Calcanhoto, de roupas modernetes e bem cuidadas. No geral estou pra lá de bêbado e não posso negar que seu bom astral me tira umas boas risadas. No fim tudo fica bem, chega um cara sempre mais estranho que também está no grupo que dos que não quer te comer e ela sai, com seu suco de laranja até outra mesa. Se auto-estimar.
Coletivo Um Sete - Fui tão pouco...
Do prazer de te ver, te ter, te tocar
Respiro esse gás como clemência
nos intervalos que não estou lá dentro.
Das horas, perdidas horas, que posso lembrar
E quanto nos perdemos, em noites de não pensar no depois
Dos sorrisos que viravam lágrimas, pela tristeza do que sóis
Nos instantes que alucionado comi teus sabores
e arrependido solucei no mesmo lençol [que você dormiu com culpa.]
Já fui tão pouco pra ti, quase te usava, quase saltava de alegria.
E de repleto ficou o peso que sentimos ao saber do dia.
Que gente ia, que gente tinha, que nós podíamos.
A coragem fugaz se dissolveu no café vagabundo,
que reflete nossa vergonha sem cuidado e destreza.
A única fome é sair correndo e lembrar dos tempos,
que a gente ia, que gente tinha...
Sei que sentes saudades, quando ainda não tínhamos o conhecido.
Do tempo em que o mundo e o tempo eram brinquedos em nossas mãos
E não ficávamos durante nossos dias contando moedas perdidas
Não enxergávamos nem respeitávamos o que agora nos controla:
O medo.
Respiro esse gás como clemência
nos intervalos que não estou lá dentro.
Das horas, perdidas horas, que posso lembrar
E quanto nos perdemos, em noites de não pensar no depois
Dos sorrisos que viravam lágrimas, pela tristeza do que sóis
Nos instantes que alucionado comi teus sabores
e arrependido solucei no mesmo lençol [que você dormiu com culpa.]
Já fui tão pouco pra ti, quase te usava, quase saltava de alegria.
E de repleto ficou o peso que sentimos ao saber do dia.
Que gente ia, que gente tinha, que nós podíamos.
A coragem fugaz se dissolveu no café vagabundo,
que reflete nossa vergonha sem cuidado e destreza.
A única fome é sair correndo e lembrar dos tempos,
que a gente ia, que gente tinha...
Sei que sentes saudades, quando ainda não tínhamos o conhecido.
Do tempo em que o mundo e o tempo eram brinquedos em nossas mãos
E não ficávamos durante nossos dias contando moedas perdidas
Não enxergávamos nem respeitávamos o que agora nos controla:
O medo.
terça-feira, 10 de maio de 2011
Manhã...
terça-feira, 10 de maio de 2011
0
Não vi mais as donzelas
Não vi mais nenhuma delas
Nem perdi mais meu tempo
Com as manchas no lençol
E quem sabe o que é?
Essa imagem difusa do futuro
Imaginada figura que passeia
Povoa meus sonhos,
Sujos e rotos
E tudo mais, agora
Parece tão pouco...
Nas manhãs acordado
Do suor e do seu toque
Ainda sujo e melado
Entre suas pernas ainda grogue
A manhã nos levanta
Maldita manhã
Que me tira de ti
Manhã que me lança na rua
E nenhum lugar poderá ser melhor
Que qualquer cama onde deitares nua
Não vi mais nenhuma delas
Nem perdi mais meu tempo
Com as manchas no lençol
E quem sabe o que é?
Essa imagem difusa do futuro
Imaginada figura que passeia
Povoa meus sonhos,
Sujos e rotos
E tudo mais, agora
Parece tão pouco...
Nas manhãs acordado
Do suor e do seu toque
Ainda sujo e melado
Entre suas pernas ainda grogue
A manhã nos levanta
Maldita manhã
Que me tira de ti
Manhã que me lança na rua
E nenhum lugar poderá ser melhor
Que qualquer cama onde deitares nua
Dama, Valete. Um monarca vitorioso II
Quero te sufocar nos meus braços.
Quem sabe assim seremos uno [como nosso suor naquela noite]
Sufocar-te.
Quero te sufocar usando
os dentes
os dedos
a boca.
Estudo possibilidades de usar
os joelhos
os olhos
a língua.
Incontrolável desejo
de consumir
de estremecer
de extrair
Quem sabe assim eu sinta mais
seus fluídos secretos
tua saliva
suor & pele.
Quem sabe assim seremos uno [como nosso suor naquela noite]
Sufocar-te.
Quero te sufocar usando
os dentes
os dedos
a boca.
Estudo possibilidades de usar
os joelhos
os olhos
a língua.
Incontrolável desejo
de consumir
de estremecer
de extrair
Quem sabe assim eu sinta mais
seus fluídos secretos
tua saliva
suor & pele.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Dama, Valete. Um reino de mentira, um monarca vitorioso.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
1
A quem diga que sou rei.
pobre.
De povo incrédulo
e castelo devastado.
Mas senhores eu guardo nas mãos
as vitórias que todos o deuses desejaram.
De te-lá entregue, rendida.
de possui-la, de explora-lá.
De ter seu gozo e teus gemidos.
pobre.
De povo incrédulo
e castelo devastado.
Mas senhores eu guardo nas mãos
as vitórias que todos o deuses desejaram.
De te-lá entregue, rendida.
de possui-la, de explora-lá.
De ter seu gozo e teus gemidos.
Becos...
A luz não sustenta, fraca luz
Iluminar esses becos é loucura
Becos onde putas carregam sua cruz...
Os becos são sujos, feridas em pus
Forte cheiro de urina no ar
Onde uma puta sem brilho ainda seduz
Ninguém fuma maconha, ninguém mais
É o cachimbo que cai no chão
E viciados são do beco a raiz
Rua perdida, perdidas suas musas
Que de dia são sombras...
E nas noite se abusa...
Iluminar esses becos é loucura
Becos onde putas carregam sua cruz...
Os becos são sujos, feridas em pus
Forte cheiro de urina no ar
Onde uma puta sem brilho ainda seduz
Ninguém fuma maconha, ninguém mais
É o cachimbo que cai no chão
E viciados são do beco a raiz
Rua perdida, perdidas suas musas
Que de dia são sombras...
E nas noite se abusa...
domingo, 8 de maio de 2011
Sabe história de amor que a gente conta e desconta...
domingo, 8 de maio de 2011
3
Sabe história de amor que a gente conta e desconta, estou nessas de reinventar as aventuras que não vivi e todo mundo de algum jeito já conhece. Não é tarefa fácil escrever um romance sob encomenda. E estou nessas, num profundo poço sem dose alguma de vontade, vontade de sair de casa, vontade de trabalhar e sem jeito de buscar no emaranhado das minhas historias alguma saída pra esses conflitos de novela das nove. A Ruth que por meses sai por ai não me inspira nem uma anedota, sei que por ai já fui motivos até de trovas, mas nem o punhado de decepcões me motivam uma linha, nem me dão o direito de resposta. Enfim, abro o conhaque e vasculho as poucas páginas desse romance ainda sem nome e penso que pouco cobrei pra dar de cara novamente com as mulheres que me negaram. Esse romance ainda sem nome mora em algum lugar, talvez na sua estante, nos meus dias ou até nas suas próximas semanas.
Não importa, só quero mesmo me livrar, desse romance sob encomenda.
Não importa, só quero mesmo me livrar, desse romance sob encomenda.
Ontem... E nunca!
Tarde da noite, já bebi...
Mas hoje nem bebi demais
Noite já tarde, onde estou?
Em que passo da noite tropecei?
Seguro essa noite, posto que ninguém me segura
Com os olhos vidrados nos olhos de quem fala cuspindo
Falei tantas coisas, bati com vontade
E no alto da maldade eu também cuspi
Gritei as bobagens as velhas e as novas
Não senti nenhum soco ou gosto ruim
Só queria afundar no rosto do patife
As merdas que dele eu ouvi!
Não liguei pros amigos e quase os perdi
Eu fui tosco, o bandido, e idiota eu feri
Nas loucuras da briga eu não sei que falei...
E pedir perdão, agora envergonhado, é tão pouco...
Mas hoje, lembrando o ocorrido e passado
Lembro que eram 3 os bastardos paspalhões
E os 3 me empurraram e socaram-me o rosto
E tão falhos e toscos não tiraram sangue
E eu, tão trouxa e cabaço achei isso o máximo!
E nos flash da briga não sei quem perdeu...
Só sei que o mundo é mais que um insulto
E perder dentes, eu digo, não é algo meu...
Mas hoje nem bebi demais
Noite já tarde, onde estou?
Em que passo da noite tropecei?
Seguro essa noite, posto que ninguém me segura
Com os olhos vidrados nos olhos de quem fala cuspindo
Falei tantas coisas, bati com vontade
E no alto da maldade eu também cuspi
Gritei as bobagens as velhas e as novas
Não senti nenhum soco ou gosto ruim
Só queria afundar no rosto do patife
As merdas que dele eu ouvi!
Não liguei pros amigos e quase os perdi
Eu fui tosco, o bandido, e idiota eu feri
Nas loucuras da briga eu não sei que falei...
E pedir perdão, agora envergonhado, é tão pouco...
Mas hoje, lembrando o ocorrido e passado
Lembro que eram 3 os bastardos paspalhões
E os 3 me empurraram e socaram-me o rosto
E tão falhos e toscos não tiraram sangue
E eu, tão trouxa e cabaço achei isso o máximo!
E nos flash da briga não sei quem perdeu...
Só sei que o mundo é mais que um insulto
E perder dentes, eu digo, não é algo meu...
sábado, 7 de maio de 2011
A riqueza entre dois dedos
sábado, 7 de maio de 2011
1
Já fui dono de uma rua
De umas historias
De algumas putas
Já fui dono de mim mesmo
De umas moedas,
E uma vez me convenci
Que já fui dono do vento
Certa vez botei um cercado
Trouxe amigos, fiz escrituras
E no fim chamei de meu.
Mas só me dei conta que era rico
Quando vc disse que era minha
Que sua boca era unica
E seu ventre meu retiro.
De umas historias
De algumas putas
Já fui dono de mim mesmo
De umas moedas,
E uma vez me convenci
Que já fui dono do vento
Certa vez botei um cercado
Trouxe amigos, fiz escrituras
E no fim chamei de meu.
Mas só me dei conta que era rico
Quando vc disse que era minha
Que sua boca era unica
E seu ventre meu retiro.
Lanche de Pernil
A bola corre, se bate na bola
Bate mais forte meu coração
A bola decide, a bola que rola
Quase matando de angústia a multidão
Corre o menino, sorrindo ele corre
Atrás do seu sonho, chutando a ilusão
Se chuta no canto, no cantinho ela morre
Explode o estádio de emoção
Grita a torcida, cantando ela joga
Longe ou perto, não torce em vão
Se perdem choram, por vitória se roga
Tão triste, tão pouco, se perde a razão
Futebol é amor, amor não se explica
Não se explica o que só se pode sentir
Me diz há algum sentido nas lágrimas na grama?
E me diz, existe algo mais belo?
Da corrida ao gol... do gol ao mundo
É meio bobo, mas é profundo
O grito e o sentimento despertado
Pelo gol e pelo estádio lotado!
Bate mais forte meu coração
A bola decide, a bola que rola
Quase matando de angústia a multidão
Corre o menino, sorrindo ele corre
Atrás do seu sonho, chutando a ilusão
Se chuta no canto, no cantinho ela morre
Explode o estádio de emoção
Grita a torcida, cantando ela joga
Longe ou perto, não torce em vão
Se perdem choram, por vitória se roga
Tão triste, tão pouco, se perde a razão
Futebol é amor, amor não se explica
Não se explica o que só se pode sentir
Me diz há algum sentido nas lágrimas na grama?
E me diz, existe algo mais belo?
Da corrida ao gol... do gol ao mundo
É meio bobo, mas é profundo
O grito e o sentimento despertado
Pelo gol e pelo estádio lotado!
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Mil anos adormecido
sexta-feira, 6 de maio de 2011
0
Esperar é um fio maldito.
Que a gente se esquilibra.
Com medo de andar,
com medo de cair.
Esperar é um cálice de raiva.
Que os nossos nervos nunca estarão prontos
[pra esse choque]
Esperar é uma névoa
ou um trem sem destino
Lotado e cheio e quente.
Esperar não é um prato,
Mas a gente engole com frieza.
Que a gente se esquilibra.
Com medo de andar,
com medo de cair.
Esperar é um cálice de raiva.
Que os nossos nervos nunca estarão prontos
[pra esse choque]
Esperar é uma névoa
ou um trem sem destino
Lotado e cheio e quente.
Esperar não é um prato,
Mas a gente engole com frieza.
Qual é o nome?
É calma e escuro
E molhado e bom
E nem calmo ele é!
Quase um soco na cara
Quase tudo e mais nada
Sai o suco do suor que causou
De o nome que quiser
Não preciso do nome
Faça de fato o quanto puder
Sigo o faro do fato
Que sem isso sou fraco
Um pobre coitado qualquer
E se a vida for longa
E isso eu não puder ter
Digo sem excitar:
Que prefiro morrer!
E molhado e bom
E nem calmo ele é!
Quase um soco na cara
Quase tudo e mais nada
Sai o suco do suor que causou
De o nome que quiser
Não preciso do nome
Faça de fato o quanto puder
Sigo o faro do fato
Que sem isso sou fraco
Um pobre coitado qualquer
E se a vida for longa
E isso eu não puder ter
Digo sem excitar:
Que prefiro morrer!
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Calendários e Feriados em Camburi
quinta-feira, 5 de maio de 2011
0
Era um dia, mais um dia qualquer
Que passava pela janela semi-aberta
Num prédio esquecido de uma rua a esquerda
Com desejo ela olhava o calendário na parede
Aquela imagem de uma praia desconhecida
Que permeava seus sonhos, esvaziava sua vida
Era papel de parede no seu desktop
E entre alt/tabs sempre ela via
A intocada, sua praia perdida
No metrô, nos comerciais de tv
Procura encontrar a imagem que fascina
E no quarto do velho prédio sonhava sozinha
Que segredos procura guardar?
Olhando fixamente a imagem parada do mar?
Quis tanto o fim nas areias, o que esperar?
Era quinta, outra quinta qualquer
Seu destino mudou, mudou sua vida
Espera o ônibus, procura sua saída
Descer a serra, ver o mar, sumir
Entre as areias desconhecidas
Desejar com medo se destruir
Ela queria sua praia, viver
E nas areias molhadas de Camburi
Pobre menina, quase nada pôde fazer
Acabou o feriado, e a imagem está lá
Ainda permeando seus sonhos dourados...
Sua vida é uma espera, quem sabe tem fim...
Um fim onde todas as horas são dela,
E os tais dias úteis são dias de fugir
Que passava pela janela semi-aberta
Num prédio esquecido de uma rua a esquerda
Com desejo ela olhava o calendário na parede
Aquela imagem de uma praia desconhecida
Que permeava seus sonhos, esvaziava sua vida
Era papel de parede no seu desktop
E entre alt/tabs sempre ela via
A intocada, sua praia perdida
No metrô, nos comerciais de tv
Procura encontrar a imagem que fascina
E no quarto do velho prédio sonhava sozinha
Que segredos procura guardar?
Olhando fixamente a imagem parada do mar?
Quis tanto o fim nas areias, o que esperar?
Era quinta, outra quinta qualquer
Seu destino mudou, mudou sua vida
Espera o ônibus, procura sua saída
Descer a serra, ver o mar, sumir
Entre as areias desconhecidas
Desejar com medo se destruir
Ela queria sua praia, viver
E nas areias molhadas de Camburi
Pobre menina, quase nada pôde fazer
Acabou o feriado, e a imagem está lá
Ainda permeando seus sonhos dourados...
Sua vida é uma espera, quem sabe tem fim...
Um fim onde todas as horas são dela,
E os tais dias úteis são dias de fugir
Escondam suas bandeiras
Ei! Bravos e Bravas.
Escondam suas bandeiras,
suas máximas.
Façam uso da navalha,
com a destreza de um madame satã.
Escolha o modo,
afeminado ou um viking retardado.
Não importa,
Só afie a navalha,
junte meias limpas e novas toalhas.
A nossa face já não aceita essa pensão
programada, dizimada.
Herdada na nossa tão esquecida história.
Me junto aos que enchem garrafas de gasolina nos quintais,
nas redações de trincheira que emitem frequências dessa revolução.
[silenciosa]
Escondam suas bandeiras,
suas máximas.
Façam uso da navalha,
com a destreza de um madame satã.
Escolha o modo,
afeminado ou um viking retardado.
Não importa,
Só afie a navalha,
junte meias limpas e novas toalhas.
A nossa face já não aceita essa pensão
programada, dizimada.
Herdada na nossa tão esquecida história.
Me junto aos que enchem garrafas de gasolina nos quintais,
nas redações de trincheira que emitem frequências dessa revolução.
[silenciosa]
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Escuro Demais (Tentativas de novos temas)
quarta-feira, 4 de maio de 2011
5
Era escuro demais pra ti e pra sua pele branca e seus olhos iluminados...
Era tempo demais pra mim, que tenho vivido demais e me jogar tem sido parte do jogo
E ver você, no escuro perdida, é assistir ao fim chegando logo...
Acho que era noite demais pra ti, com toda aquela música e confusão
O tempo era passado nos passos da música e na música em si...
É uma brisa de ontem que esbofeteia meu rosto, e sacode teu corpo
Procurava seu toque, como procura a terra o naufrago
Mas você disse que era noite demais pra ti, que era hora de partir
Não te pedi pra ficar, palavras nunca bastam, queria seu afago
E era noite demais pra mim quando você se foi
Ficar era a pior opção que tinha
E te seguir era correr atrás de sofrer
Entre ficar e partir, entre amar e desistir...
Eu não fiquei nem te segui, outro caminho vi passar
E no balanço de outros mundos eu parti
Mas ainda tem essas noites onde o meu amigo é o copo de conhaque!
E o meu flerte é com outra garrafa de cerveja,
E você o melhor dentre os motivos pra blindar...
Era tempo demais pra mim, que tenho vivido demais e me jogar tem sido parte do jogo
E ver você, no escuro perdida, é assistir ao fim chegando logo...
Acho que era noite demais pra ti, com toda aquela música e confusão
O tempo era passado nos passos da música e na música em si...
É uma brisa de ontem que esbofeteia meu rosto, e sacode teu corpo
Procurava seu toque, como procura a terra o naufrago
Mas você disse que era noite demais pra ti, que era hora de partir
Não te pedi pra ficar, palavras nunca bastam, queria seu afago
E era noite demais pra mim quando você se foi
Ficar era a pior opção que tinha
E te seguir era correr atrás de sofrer
Entre ficar e partir, entre amar e desistir...
Eu não fiquei nem te segui, outro caminho vi passar
E no balanço de outros mundos eu parti
Mas ainda tem essas noites onde o meu amigo é o copo de conhaque!
E o meu flerte é com outra garrafa de cerveja,
E você o melhor dentre os motivos pra blindar...
Aqueles olhos
e teus olhos.
um tanto negros
um tanto eufóricos.
Congelaram.
E fui embora com a certeza
que nunca irei remediá-los.
um tanto negros
um tanto eufóricos.
Congelaram.
E fui embora com a certeza
que nunca irei remediá-los.
terça-feira, 3 de maio de 2011
on/off
terça-feira, 3 de maio de 2011
3
A TV ligada mostra um filme inútil,
a cama treme no nosso último ritmo.
As paredes viram sulfites coloridas.
Ela grita, acorda os vizinhos.
Eu perco a cabeça e nem me importo mais.
Ela geme e solta uns palavrões.
O quarto úmido congela os segundos,
a sua testa franzida é meu monumento.
A TV desligada reflete imagens assombrosas.
Escondo na cama meus pensamentos maldosos.
As paredes desmancham como papéis molhados.
Ela corre e ri e morre...
em outros braços.
a cama treme no nosso último ritmo.
As paredes viram sulfites coloridas.
Ela grita, acorda os vizinhos.
Eu perco a cabeça e nem me importo mais.
Ela geme e solta uns palavrões.
O quarto úmido congela os segundos,
a sua testa franzida é meu monumento.
A TV desligada reflete imagens assombrosas.
Escondo na cama meus pensamentos maldosos.
As paredes desmancham como papéis molhados.
Ela corre e ri e morre...
em outros braços.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Solário, ratos, baratas e ouvidos destreinados.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
1
Esses dias ouvi falar sobre ratos e baratas,
Esses dias eu li algo sobre sobreviver.
Botei o relógio pra tocar na mesma hora
e acordar nú, trépido e faminto.
Esses dias foram de frio, com o Sol gritando.
Outra ironia que gela os dedos e o peito.
Esses tempos eu vi morrer,
as palavras, a minha sede, as crenças e os sonhos.
Esses tempos vi de perto os olhares mortos de meia idade
e junto deles somei, sumi.
Esses dias o suspiro amorfo veio junto do sono.
Os ossos se renderam na cama fria.
Mas hoje eu ouvi dizerem sobre ratos e baratas.
Hoje eu li algo sobre sobreviver.
Foi assim que percebi, que só precisa coragem pra continuar.
Esses dias eu li algo sobre sobreviver.
Botei o relógio pra tocar na mesma hora
e acordar nú, trépido e faminto.
Esses dias foram de frio, com o Sol gritando.
Outra ironia que gela os dedos e o peito.
Esses tempos eu vi morrer,
as palavras, a minha sede, as crenças e os sonhos.
Esses tempos vi de perto os olhares mortos de meia idade
e junto deles somei, sumi.
Esses dias o suspiro amorfo veio junto do sono.
Os ossos se renderam na cama fria.
Mas hoje eu ouvi dizerem sobre ratos e baratas.
Hoje eu li algo sobre sobreviver.
Foi assim que percebi, que só precisa coragem pra continuar.
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