terça-feira, 3 de maio de 2011

on/off

terça-feira, 3 de maio de 2011
A TV ligada mostra um filme inútil,
a cama treme no nosso último ritmo.
As paredes viram sulfites coloridas.

Ela grita, acorda os vizinhos.
Eu perco a cabeça e nem me importo mais.
Ela geme e solta uns palavrões.

O quarto úmido congela os segundos,
a sua testa franzida é meu monumento.

A TV desligada reflete imagens assombrosas.
Escondo na cama meus pensamentos maldosos.
As paredes desmancham como papéis molhados.

Ela corre e ri e morre...
em outros braços.

3 comentários:

  1. Cara... que foda!

    Ela corre e ri e morre... Muito bom!

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  2. As paredes viram sulfites coloridas....

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  3. Sabe aquela história que uma vez vc disse que a gente lê e depois, as vezes muito depois, digere?

    Agora aconteceu isso, e esse poema despretensioso que você escreveu, tem dito pra mim tanta coisa... que eu adoraria pegar ele pra mim quando vc morrer! Tudo bem pra vc? rsrsrsrs

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