A TV ligada mostra um filme inútil,
a cama treme no nosso último ritmo.
As paredes viram sulfites coloridas.
Ela grita, acorda os vizinhos.
Eu perco a cabeça e nem me importo mais.
Ela geme e solta uns palavrões.
O quarto úmido congela os segundos,
a sua testa franzida é meu monumento.
A TV desligada reflete imagens assombrosas.
Escondo na cama meus pensamentos maldosos.
As paredes desmancham como papéis molhados.
Ela corre e ri e morre...
em outros braços.
terça-feira, 3 de maio de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Cara... que foda!
ResponderExcluirEla corre e ri e morre... Muito bom!
As paredes viram sulfites coloridas....
ResponderExcluirSabe aquela história que uma vez vc disse que a gente lê e depois, as vezes muito depois, digere?
ResponderExcluirAgora aconteceu isso, e esse poema despretensioso que você escreveu, tem dito pra mim tanta coisa... que eu adoraria pegar ele pra mim quando vc morrer! Tudo bem pra vc? rsrsrsrs