Mármore no chão
No chão os sapatos
Infelizes seguranças
De ternos engravatados
Lojas abertas
Aberta a temporada
De caça ao preço
Preço que acha bom
Coloridos lojistas
De polo, suados
Num sábado lotado
Sem opção!
Ar-condicionado
Condicionado fulgor
Dos dias perdidos
pobres dias sem amor
Cartão de crédito ou débito?
Pra presente? Pode embrulhar?
Parcela em 5!
Leva um pro seu filho!
Aceita cheque?
Faz o cadastro
Do consumo isso é lastro
Um fim pra existir
As mesas lotadas
Conversa bem alta
Porque fala gritando
Quem não sabe oque dizer
E todos de carro
Que lota o asfalto
E o estresse é alto
Não tem onde estacionar
E tudo é problema
O frio, o calor
E a falta de tempo
Torna tudo um horror
Das pessoas que correm
Que compram com pressa
E os dias que perdem
Nesta casa de louvor
Louvor ao dinheiro
Ao cartão! Até ao cheque
Eufóricos se esquecem
Das contas a pagar
As ruas estão vazias...
E a cidade semi-morta
Renasce, sem personalidade
Nos corredores sintéticos
De um shopping qualquer
Sou pouco nisso tudo
Sou luto neste sábado
Que passo perdido
Nesse templo proibido
Nesse tempo sem pudor
segunda-feira, 16 de maio de 2011
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