quinta-feira, 12 de maio de 2011

O morcego e o monstro

quinta-feira, 12 de maio de 2011
Veio.
Qual um morcego tateando as paredes.
Cego.
Suícida.

Veio.
Qual um morcego recebendo as ondas,
disfarçando grunhidos.
Suícida.

Veio.
Qual um monstro.
Semi-morto.
Semi-crente.

Veio o morcego e o monstro.
Um tanto enganados,
um tanto vencidos.

Perdidos entre os sinais,
da névoa, do ar,
de todas as partículas,

Um comentário:

  1. Ai você terminou com uma vírgula e eu achei isso um sinal:

    Que singram e
    entopem narinas
    numa rua marginal

    E no prédio negro
    De sujeira e fuligem
    Descansa roto o morcego
    Que foge e agride

    E o morcego e o monstro
    Um ser só e desigual
    Que anda no escuro
    Praticando o nor(mal)

    Esse ser que descansa
    Que não passa despercebido
    É com pedras recebido
    Numa terra que já foi mansa

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