Agora sou o que me restou
Sujeira que enfeita o prato
Sou um pouco mais do que sou
E sou bem menos do que acho
E num dia de calor chuvoso
Numa tarde qualquer, perdida
Sou a sombra de um riso gostoso
Que se esvai no rosto da vida
Me perco e me refaço outra vez
Sou obra por fazer, mal-acabada
E é nas horas em que a noite é balada
Que sou todo, inteiro e de mim um refém
Sem perceber me termino nos cantos
E como tem sido fácil me perder
E é nas noites laranjas com guitarras em prantos
É que a vida corre fácil, e me obriga a correr...
sábado, 21 de maio de 2011
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