Era um dia, mais um dia qualquer
Que passava pela janela semi-aberta
Num prédio esquecido de uma rua a esquerda
Com desejo ela olhava o calendário na parede
Aquela imagem de uma praia desconhecida
Que permeava seus sonhos, esvaziava sua vida
Era papel de parede no seu desktop
E entre alt/tabs sempre ela via
A intocada, sua praia perdida
No metrô, nos comerciais de tv
Procura encontrar a imagem que fascina
E no quarto do velho prédio sonhava sozinha
Que segredos procura guardar?
Olhando fixamente a imagem parada do mar?
Quis tanto o fim nas areias, o que esperar?
Era quinta, outra quinta qualquer
Seu destino mudou, mudou sua vida
Espera o ônibus, procura sua saída
Descer a serra, ver o mar, sumir
Entre as areias desconhecidas
Desejar com medo se destruir
Ela queria sua praia, viver
E nas areias molhadas de Camburi
Pobre menina, quase nada pôde fazer
Acabou o feriado, e a imagem está lá
Ainda permeando seus sonhos dourados...
Sua vida é uma espera, quem sabe tem fim...
Um fim onde todas as horas são dela,
E os tais dias úteis são dias de fugir
quinta-feira, 5 de maio de 2011
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